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Notícias / Saúde

Calculadora mostra chance de pessoas acima de 65 anos morrerem nos próximos 48 meses

Ferramenta baseada em estudo da Universidade de Harvard mostra oito fatores que podem causar ‘morte prematura’; entenda!

Redação Publicado em 23/02/2023, às 13h09

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Na semana passada, um estudo feito pela Universidade de Harvard, publicado no Journal PNAS, apontou oito fatores surpreendentes que podem aumentar o risco de uma morte prematura — o que inclui solidão e até mesmo o fator de morar em um bairro sujo

Agora, os autores do estudo desenvolveram uma calculadora que usa esses fatores para calcular o risco percentual de um usuário morrer nos próximos quatro anos. A ferramenta, porém, está limitada a pessoas com 65 anos ou mais

A calculadora não detalha exatamente o que causará a morte das pessoas, obviamente, mas aponta que a solidão, a poluição e a falta de laços sociais podem levar ao estresse crônico e à falta de estimulação mental — que aumentam o risco de demência, doenças cardíacas e outras doenças crônicas. 

A ferramenta foi apelidada de Social Frailty Index (Índice de Fragilidade Social), sendo projetada por Sachin Shah, médico assistente do Massachusetts General Hospital e membro da Harvard Medical School. 

Teste para o Índice de Fragilidade Social/ Crédito: Reprodução

Ao Daily Mail, ele explicou que a calculadora se concentra apenas em pessoas acima dos 65 anos, pois “não é possível extrapolar com precisão para pessoas com menos de 65 anos”.

Muitas vezes superestimamos a importância das condições médicas quando pensamos em longevidade. [Mas] esta pesquisa demonstra que nossas vidas sociais são tão importantes quanto as condições médicas”, afirmou. 

A calculadora de Índice de Fragilidade Social

Para estabelecer um resultado, a ferramenta faz 10 perguntas baseadas no estudo feito por profissionais da Universidade de Harvard. A calculadora pode ser acessada gratuitamente, em inglês, clicando aqui!

Para o estudo, os pesquisadores reuniram mais de 8.000 adultos com mais de 65 anos, estabelecendo seus fatores sociais. O grupo foi rastreado por quatro anos, período durante o qual 1.760 (ou 22%) morreram.

As análises apontaram fatores sociais que, segundo os cientistas, predizem o risco individual de morte prematura: como a frequência que viam seus filhos e netos; se faziam trabalho voluntário; com que frequência se sentiam isolados; se viviam em uma área limpa; se tinham controle sobre suas finanças; com que frequência se sentiam tratados com menos cortesia e respeito por outros; e se eles estavam atualmente em trabalho remunerado.

Segundo os pesquisadores, conforme relatado pelo Daily Mail, a maioria das pesquisas sobre riscos de fatalidade ignoram os fatores sociais. Por causa disso, eles decidiram desenvolver uma ferramenta que pudesse ser usada para medi-los — algo que pode ser usado em um ambiente clínico.

Conforme estabelecido pela ferramenta, homens de 70 anos que vivem em uma área limpa e são ativos na comunidade possuem 7% de risco de morte nos quatro anos seguintes. Mas aqueles que vivem em bairros sujos e socialmente isolados, o risco aumenta para 67%.

Já as mulheres da mesma idade, que são menos propensas a desenvolver doenças crônicas por vários motivos, o risco variou entre de cerca de 2% para 54%, respectivamente.

Os pesquisadores sugerem que a solidão — como não ver a família e os amigos com frequência — representa tanto risco para a saúde de alguém quanto a obesidade ou o tabagismo. Quem vive sozinho pode desencadear uma resposta de luta ou fuga do corpo, causando o aumento nos hormônios do estresse e nos níveis de inflamação.