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Notícias / Dom Pedro I

Cerimônia de recepção do coração de Dom Pedro I altera trânsito em Brasília

Esplanada tem trânsito desviado para chegada do coração de Dom Pedro I em Brasília

Redação Publicado em 23/08/2022, às 19h39

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Fotografia da urna que carrega o coração de Dom Pedro I - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fotografia da urna que carrega o coração de Dom Pedro I - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a chegada do coração de Dom Pedro I no Brasil, nesta terça-feira, 23, o trânsito da Esplanada dos Ministérios em Brasília — entre o Palácio do Planalto e o Ministério de Relações Exteriores — sofrerá alterações em seu percurso. As mudanças ocorrerão principalmente devido à cerimônia de recepção e exposição do coração do antigo imperador brasileiro.

Entre as 14h30 e as 18h30 desta terça-feira, 23, as vias S1 e N1 na Esplanada dos Ministérios — mais especificamente, entre a Avenida José Sarney e a via L4 — serão interditadas para o trânsito de veículos, sendo assim possível andar por ali apenas à pé. O desvio, por sua vez, será direcionado na S1 para a L2 Sul.

Para substituir o percurso normal da região, os motoristas devem, por hoje, circular pelas vias S2 e N2, que ficam atrás dos ministérios, além da L2 Sul. Todo o trânsito, por sua vez, será monitorado constantemente pelo Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Por que o coração veio ao Brasil?

Quando o pai de Dom Pedro IDom João VI, rei de Portugal — faleceu em 1826, o então imperador brasileiro precisou regressar ao país do velho continente, visto que seria o próximo na linha de sucessão.

No entanto, seu irmão, Dom Miguel, ficou descontente com o fato de Pedro I nomear sua filha, D. Maria II, como sucessora do trono, e então se iniciou a Guerra Civil Portuguesa, em 1832.

Com o fim do conflito, mesmo que vitorioso, Dom Pedro I terminou muito debilitado e já doente — tendo contraído tuberculose, o que pode ter causado sua morte. Assim, em seu leito de morte, em seu testamento fez um pedido inusitado: ele queria que seu coração ficasse guardado em Portugal, tamanha gratidão pelo povo português na resistência da guerra, e seu corpo fosse enviado para o Brasil, onde ele era imperador — o que só veio a acontecer de fato em 1972, nos 150 anos da Independência.

Agora, em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil, e depois de muita discussão e dificuldade entre as duas nações de Dom Pedro I, o coração finalmente veio ao país sul-americano.

Cerimônia de recebimento do coração

O coração foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira, 23, na rampa do Palácio do Planalto, ao som de tiros de canhão. A relíquia seguirá ao Palácio do Itamaraty, onde ficará exposta até 5 de setembro.

"Dois países, unidos pela História, ligados pelo coração. Duzentos anos de independência. Pela frente, uma eternidade em liberdade. Deus, pátria, família! Viva Portugal, viva o Brasil!", declarou Bolsonaro na recepção do órgão. 

Para chegar até o território tupiniquim, o órgão que deixou Portugal pela primeira vez, foi transportado em uma cabine de passageiros de um avião da FAB. Junto do coração estavam autoridades portuguesas e um representante do governo brasileiro.

Para que o órgão fosse trazido ao Brasil, a negociação entre os governos levou 4 meses, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores. Além disso, foi realizada uma votação entre vereadores na cidade do Porto e peritos do Instituto Médico Legal da Universidade do Porto permitiram o translado da frágil relíquia.

 Uma exposição em Portugal foi realizada antes da vinda do órgão para o Brasil. Em porto, milhares de pessoas, participaram da primeira exposição aberta do coração de D. Pedro I.

Restos mortais de Dom Pedro

Como repercutido pelo G1, essa pode ser a primeira vez que o coração deixa Portugal, mas não a primeira que restos mortais de Dom Pedro I participam de celebrações da Independência.

No ano de 1972, durante a ditadura militar, parte da ossada do imperador foram expostas em várias cidades brasileiras e depois depositada no Monumento da Independência, em São Paulo.