Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Chipre: As curiosas tumbas repletas de pedras preciosas da Idade do Bronze

Peças de arte, metais preciosos e joias estão entre os objetos encontrados em câmaras no Chipre

Redação Publicado em 13/07/2023, às 19h50

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Um dos esqueletos encontrados pela expedição e artefatos - Divulgação/Universidade de Gotemburgo
Um dos esqueletos encontrados pela expedição e artefatos - Divulgação/Universidade de Gotemburgo

Em uma recente excursão científica no Chipre, pesquisadores encontraram pedras preciosas em tumbas que datam da Idade do Bronze. Conforme repercutido pela Revista Galileu, os objetos encontrados, como peças de arte, metais preciosos e joias tornam a câmara uma das mais ricas do Mediterrâneo

Imagem de cerâmicas encontradas durante a escavação - Divulgação/ Universidade de Gotemburgo

Os pesquisadores responsáveis pela expedição, oriundos da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, alcançaram as câmaras da antiga metrópole Hala Sultan Tekke através de uma pequena passagem explorada desde 2010. Porém, a qualidade e a quantidade dos objetos encontrados foi o que diferenciou esses túmulos dos demais. 

O líder da excursão, Peter Fischer, explicou à imprensa o que se sabe sobre a origem desses túmulos e dos objetos encontrados neles:

Embora não saibamos muito sobre a forma de governo praticada entre 1500 e 1300 a.C., a riqueza dos espólios encontrados torna razoável supor que se tratavam de túmulos reais”, explicou. “Vários indivíduos, tanto homens quanto mulheres, usavam tiaras. Alguns tinham colares com pingentes da mais alta qualidade, provavelmente feitos no Egito durante a 18ª dinastia na época de faraós como Thutmos III e Amenophis IV (Akhenaton) e sua esposa, Nefertiti”, propôs Fischer.

Detalhe encontrado em uma das tumbas - Divulgação/ Universidade de Gotemburgo

Descobertas

As tumbas foram encontradas graças a um aparelho chamado magnetômetros, que possibilita a produção de imagens, expondo objetos que se encontram até dois metros abaixo da terra. Durante a entrevista, Fischer também apontou algumas das descobertas e como elas foram resgatadas: 

“Comparamos o local onde a cerâmica quebrada havia sido arada durante a agricultura com o mapa do magnetômetro, que mostrava grandes cavidades de um a dois metros abaixo da superfície”, explica, “Identificamos mais de 500 artefatos. Muitos deles consistem em metais preciosos, gemas, marfim e cerâmica de alta qualidade”, completou Peter.  

Boa parte das descobertas apresentam representações em alto-relevo de animais como touros, gazelas e leões, bem como imagens de flores. Os pesquisadores também encontraram múltiplos esqueletos em ótimo estado de preservação. Um deles, que pertence a uma mulher, rodeado por dezenas de cerâmicas e um espelho de bronze polido. 

Detalhe encontrado em uma das tumbas - Divulgação/ Universidade de Gotemburgo

“A vasta riqueza dos indivíduos sepultados veio da produção de cobre, recolhido nas minas das montanhas Troodos e refinado na cidade. O cobre era uma commodity importante, porque, combinado com o estanho, forma a liga de bronze. O metal foi tão importante para o período que, não à toa, dá o nome a ele, Idade do Bronze”, finalizou Peter Fischer.