Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Brasil

Como gansos ajudam a monitorar presídio de segurança máxima em SC?

Presídio de segurança máxima em São Pedro de Alcântara, Santa Catarina, conta com medida de segurança inusitada: gansos!

Redação Publicado em 07/12/2023, às 10h36

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografia de gansos no Complexo Penitenciário do Estado, em São Pedro de Alcântara, Santa Catarina - Divulgação/Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP)
Fotografia de gansos no Complexo Penitenciário do Estado, em São Pedro de Alcântara, Santa Catarina - Divulgação/Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP)

Um presídio de segurança máxima localizado no município de São Pedro de Alcântara, na região da Grande Florianópolis, Santa Catarina, chamou atenção na última semana depois de viralizar uma inusitada medida de segurança adotada pela instituição: gansos. Graças a esses animais, o Complexo Penitenciário do Estado (Cope) conta com monitoramento vivo da estrutura durante 24 horas por dia.

Conforme noticiado pelo g1, a iniciativa de se manter gansos no entorno do presídio ocorre pelo menos desde 2009, quando estes animais se mostraram mais eficientes que cães na tarefa de alertar equipes de vigilância caso algum detento tentasse escapar. O número destes bichos que ali vivem, porém, não foi divulgado pela unidade.

Para as regalias das aves, a área onde elas ficam conta ainda com um açude. Isso sem mencionar que também recebem atendimento e alimentação apropriados na unidade prisional.

Por fim, a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), responsável pelo Cope, destaca ainda que os animais não são as únicas medidas de segurança do presídio de segurança máxima, servindo apenas como um complemento. Além deles, o estabelecimento prisional ainda conta com um avançado sistema de vigilância eletrônica, que também opera 24 horas por dia.

+ Caso Escadinha: 37 anos da fuga prisional mais impressionante do Brasil

Por que são eficientes?

Ao g1, o professor Guilherme Renzo Rocha Brito, do departamento de zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina, explica que a eficiência dos gansos como medida de segurança na unidade prisional se deve ao fato de ele possuir o que é chamado de "comportamento sentinela."

O comportamento sentinela é emitir gritos e grasnados ao menor sinal de movimentação não usual. É um animal que tem um comportamento de dar um grito de alarme ao menor sinal de perturbação, presença de gente e/ou outros animais na região onde vivem", explica.

Além disso, o especialista também informa que, caso sejam criados em cativeiro, gansos podem sobreviver por até 15 anos e que, mesmo que tenham contatos com humanos durante grande parte de sua vida, eles possuem a tendência de manter o instinto de preservação, defendendo "territórios e pessoas conhecidas de estranhos."

"São conhecidos por avançar, bicar e dar asadas em invasores e desconhecidos. São fortes, não causam machucados muito graves, mas podem desestimular invasores", finaliza Guilherme Renzo.

+ Pintura do Egito Antigo pode representar espécie extinta de ganso, diz estudo