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Notícias / Brasil

Atividade escolar em Pernambuco usa palha de aço como cabelo afro

Após uso de palha de aço para representar cabelo de pessoas negras em atividade para Dia da Consciência Negra, colégio pernambucano se desculpou

Redação Publicado em 23/11/2023, às 11h24

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Imagem de desenho retratando pessoa negra com palha de aço no lugar do cabelo - Reprodução
Imagem de desenho retratando pessoa negra com palha de aço no lugar do cabelo - Reprodução

No Dia da Consciência Negra, celebrado na última segunda-feira, 20 de novembro, uma atividade extracurricular aplicada a uma turma de ensino infantil de uma escola particular de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, teve grande repercussão nas redes sociais. Isso porque, em contradição à data, foi utilizado palha de aço para representar o cabelo de pessoas negras, denotando assim cunho racista à atividade.

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O caso, que aconteceu com uma turma infantil, com 15 alunos de 3 anos de idade, ocorreu no Colégio Ágape. Após a repercussão do caso, a instituição se desculpou e ainda informou ter advertido as duas professoras envolvidas com a atividade.

Conforme descrito pelo g1 e pode ser visto nas imagens que correram sobre o caso, em uma das atividades é possível observar o contorno de um boneco, este pintado com tinta preta e, no lugar dos cabelos, foram colados tufos de palha de aço. No papel, ainda estão escritas as frases "minha obra de arte" e "consciência negra".

Reações

No dia seguinte à atividade, o Colégio Ágape publicou em seu Instagram uma nota onde pedia desculpas pelo ocorrido, e ainda descreve a atividade como "um ato isolado, praticado em uma atividade extracurricular que infelizmente as profissionais envolvidas tiveram uma ação totalmente contrária à nossa política de ensino".

Ainda na publicação, o colégio também pontua que "jamais corrobora com qualquer forma de discriminação, de raça, sexo, religião ou ideologia e que repudia toda e qualquer ação neste sentido". Além do mais, Walter Batista, mantenedor do Colégio Ágape, disse ao g1 que tanto a professora quanto a auxiliar pedagógica envolvidas no caso já foram advertidas pela direção da escola.

A esponja de aço estava dentro da sala porque ela tinha utilizado em outra atividade dez dias antes. Quando chegou no dia da Consciência Negra, tinha sobrado o material lá e ela [a professora] teve a infelicidade de pegar esse material e utilizar para essa atividade, que não era curricular. Foi uma atividade que ela fez por si", justificou Batista.

Até o momento, a Polícia Civil informou não ter sido procurada para a realização de um registro do caso.