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Notícias / Guerra Israel-Hamas

Criança americana de 4 anos é libertada pelo Hamas: 'A luz voltou'

A pequena Abigail Mor Idan, de apenas 4 anos, foi mantida presa pelo Hamas por mais de 50 dias até que foi libertada no domingo, 26

Redação Publicado em 30/11/2023, às 11h46

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Liz Hirsh Naftali e sua sobrinha-neta, Abigail Mor Idan, criança de 4 anos liberta pelo Hamas no domingo, 26 - Reprodução/Vídeo/YouTube/@CBSMornings / Reprodução/X
Liz Hirsh Naftali e sua sobrinha-neta, Abigail Mor Idan, criança de 4 anos liberta pelo Hamas no domingo, 26 - Reprodução/Vídeo/YouTube/@CBSMornings / Reprodução/X

No último domingo, 26, em meio a um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas — em um conflito que teve início no dia 7 de outubro deste ano —, o grupo extremista palestino libertou 17 pessoas mantidas como reféns. Entre eles, estava a pequena Abigail Mor Idan, uma criança americana de 4 anos.

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Em relato ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara na quarta-feira, 29, a tia-avó da menina, Liz Hirsh Naftali, revelou o que aconteceu com Abigail, desde o momento em que ficou órfã — seus pai e mãe foram mortos por membros do Hamas — até sua libertação. Vale mencionar que ela foi capturada ainda com 3 anos, e fez aniversário dois dias antes de ser solta, em 24 de novembro.

Conforme repercutido pelo New York Post, foi no próprio dia em que ocorreram os primeiros ataques, 7 de outubro, que homens do Hamas invadiram a casa de Abigail e mataram sua mãe a tiros. Então, o pai tentou fugir com ela e seus dois irmãos, Michael, de 10 anos, e Amalia, de 6, mas ele também foi morto.

As duas crianças mais velhas, no caso, conseguiram fugir e se esconderam dentro de um armário escuro em casa. Abigail, no entanto, foi deixada para trás. Os irmãos pensaram que ela teria morrido junto ao pai mas, na verdade, "ele caiu sobre Abigail, cobrindo-a", disse Naftali.

A avó das crianças teria ligado para elas — ela estava na Bulgária — e perguntado por que elas estavam escondidas no armário. "E eles disseram: 'Porque há terroristas do Hamas aqui e eles acabaram de matar nossos pais e Abigail", continua Naftali. "Ela os fez sair do armário para mostrar a ela, a milhares de quilômetros de distância, o corpo de sua filha morta."

Abigail

O que ninguém esperava, no entanto, era que Abigail teria sobrevivido ao ataque, tendo sido realmente protegida pelo corpo do pai. Coberta com sangue, ela saiu do local e foi até a casa de uma colega de escola nas proximidades, em busca de ajuda.

Lá, a mãe da outra criança a acolheu, trancando-a em um quarto onde ela mesma e seus outros filhos se abrigavam, depois que o Hamas também teria matado o pai daquela família. Porém, pouco depois os extremistas retornaram e, dessa vez, raptaram Abigail com a família vizinha, mantendo-os como reféns em Gaza.

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"O que soubemos alguns dias depois foi que uma testemunha viu uma mãe e crianças sendo retiradas [...] por terroristas do Hamas", narrou Naftali. "São 50 dias que não sabíamos nada sobre o paradeiro de Abigail. Não sabíamos nada sobre esta mãe, Hagar, e seus três filhos. Não sabíamos que eles estavam juntos."

Foi somente no último domingo, 26, que a família descobriria que Abigail estava viva, quando ela e os vizinhos estavam entre os 17 reféns libertados em meio ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Naftali ainda conta que a sobrinha-neta passou todo esse tempo mantida no escuro, sem acesso à luz ou muita comida durante seu cativeiro, mas foi mantida viva graças à mãe de sua amiga de escola.

Ela estava pálida, ela estava com fome. Não vou nem entrar em mais descrições, mas ela estava em algum lugar no escuro há 50 dias. A única bênção é que esta mulher, Hagar, cuidou de Abigail como se ela fosse uma de suas filhas."

Nos dias que se seguiram à libertação, felizmente, Abigail começou a apresentar uma recuperação triunfante, sendo tratada em um hospital em Israel, onde seus irmãos e primos já a visitaram. "Ela floresceu. A luz voltou. E todos os dias esperamos que Abigail continue neste processo", conclui Naftali.