Relatório divulgado nesta segunda-feira, 20, expôs estragos da ação humana no planeta
Nesta segunda-feira, 20, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, divulgou a parte final de seu gigantesco relatório sobre o aquecimento global provocado pela ação humana.
E os dados não são nada animadores. Afinal, segundo o painel, que segundo o G1 é reconhecido como a fonte mundial mais confiável sobre o assunto, ainda temos chance de garantir um ‘futuro habitável’ na Terra, mas as ações precisam ser imediatas.
“Este Relatório Síntese ressalta a urgência de tomar medidas mais ambiciosas e mostra que, se agirmos agora, ainda podemos garantir um futuro sustentável habitável para todos”, alertou Hoesung Lee, presidente do IPCC.
A integração de ações climáticas efetivas e equitativas não apenas reduzirá perdas e danos à natureza e às pessoas, mas também proporcionará benefícios mais amplos”, prosseguiu.
Conforme repercutido pelo The Guardian, a devastação da Terra infligida pela humanidade em diversas partes do mundo já está ocasionando um clima extremo causado pelo colapso climático.
Esse desdobramento levou ao aumento de mortes devido à maior frequência de ondas de calor em diversas regiões, além de milhões de vidas e lares terem sido destruídos por conta das secas e inundações, isso sem contar as dezenas de centenas de pessoas passando fome.
Apesar dos desafios cada vez maiores, o relatório do IPCC, que tem 93 autores, pontua que há maneiras viáveis e eficazes para contornar esse cenário e evitar que o aquecimento do planeta ultrapasse o limite de 1,5 °C até o fim do século.
Para isso, o IPCC calcula que é preciso reduzir as emissões globais em 48% até 2030. Já até 2050, essa diminuição precisa ser ainda mais drástica: 99%.
A humanidade está sobre gelo fino — e esse gelo está derretendo rapidamente", declarou Antonio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas. "Nosso mundo precisa de ação climática em todas as frentes – tudo, em todos os lugares, ao mesmo tempo".
