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Notícias / Caso Richthofen

O real e ficção de Suzane von Richthofen em filme, segundo delegada

Em vídeo, delegada Cíntia Tucunduva, que investigou o caso Richthofen, fala sobre diferenças entre o real e a ficção de Suzane

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 04/11/2023, às 10h17 - Atualizado em 07/11/2023, às 10h54

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Suzane von Richthofen: Ficção e realidade - Divulgação e arquivo pessoal
Suzane von Richthofen: Ficção e realidade - Divulgação e arquivo pessoal

Na última semana, o caso Richthofen foi relembrado através do último filme da triologia 'A Menina Que Matou os Pais'. Após os dois primeiros filmes, que mostram as diferentes versões dos criminosos, 'A Confissão' mostra o trabalho da polícia, que resultou na prisão e condenação de Suzane e os irmãos Cravinhos pelo brutal assassinato de Marísia e Manfrend Richthofen.

Com diferentes reações através das redes sociais, o novo filme também chamou a atenção de Cintia Tucunduva, a delegada da vida real que investigou os crimes em outubro de 2002, há mais de 20 anos. 

Através de seu perfil no Instagram, Cintia elogiou os filmes e disse que se trata do melhor entre os que foram lançados, afinal, os primeiros foram 'fora da realidade'. Nos vídeos, ela também compara a Suzane da ficção com a realidade.

Surto

Uma cena que chamou atenção de quem assistiu ao novo filme é o momento em que a filha dos Richthofen, após muita pressão, confessa o crime. Na produção, a atriz Carla Diaz, que interpreta Suzane, tem uma espécie de surto e começa a gritar. 

Ao responder um seguidor, Tucunduva disse que a reação da Suzane da vida real foi bem diferente. A delegada afirma que a criminosa não demonstrou sentimentos.

A Suzane não teve demonstração de gritos e desespero no momento em que foi presa. Durante toda a investigação, não demonstrou nenhum sentimento", disse ela no vídeo.

Na realidade, a reação de Suzane foi outra. Enquanto Cintia preparava a ordem de prisão temporária, a filha dos Richthofen pediu para dormir no sofá. 

"Deitou para dormir no sofá, e eu pensei ‘Nossa, eu nunca vi isso’. Ela estava totalmente desacreditada que o crime fosse esclarecido ou o que fosse acontecer alguma coisa a ela. Deu essa impressão", explicou. 

A cena do perdão

Outra diferença também apontada pela delegada, ao comparar a realidade e ficção, é o momento do filme em que Suzane pede perdão a Andreas, o seu irmão. Cintia afirmou que não tem essa memória. 

"Não me recordo da cena em que a Suzane pede perdão ao irmão. Eu não me recordo de nenhum momento dela relativo à compaixão, a perdão, a arrependimento", explica a delegada. 

Além disso, Cintia elogiou o filme por mostrar os detalhes que levantaram as suspeitas das autoridades. Isso porque muito do que se viu na cena do crime mostrava que o brutal assassinato foi cometido por uma pessoa próxima da família. 

"Um dos detalhes é a jarra amarela, o saco de lixo e da faca. Eles foram importantes porque quem pegou esses utensílios, esses objetos, sabia onde eles estavam e não fizeram nenhuma desordem na casa. Então, a gaveta que foi retirada a faca, a gaveta da cozinha, estava em ordem, inclusive fechada, o saco de lixo [utilizado] estava em um saco de supermercado com os outros saquinhos na despensa, tudo juntinho, organizado", disse ela.