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Curiosidades / Suzane von Richthofen

Delegada do caso Richthofen opina sobre o filme e relembra atitudes de Suzane

Em vídeo, delegada Cíntia Tucunduva, que investigou a morte dos Richthofen, diz o que achou dos filmes e relembra a frieza de Suzane

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 02/11/2023, às 00h37 - Atualizado em 10/11/2023, às 09h47

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Delegada Cíntia Tucunduva (à esqu.) e Suzane von Richthofen (à dir.) - Reprodução/Vídeo/Instagram e arquivo pessoal
Delegada Cíntia Tucunduva (à esqu.) e Suzane von Richthofen (à dir.) - Reprodução/Vídeo/Instagram e arquivo pessoal

Na última semana, os brasileiros relembraram o crime que chocou o país há mais de 20 anos. Em 31 de outubro de 2002, o que parecia ser um roubo seguido de morte foi revelado como um frio assassinato orquestrado por Suzane von Richthofen ao lado dos irmãos cravinhos.

Após dois filmes de sucesso, A Menina Que Matou os Pais - A Confissão foi lançado na plataforma de streaming Prime Video. Diferente dos dois filmes anteriores, a nova produção mostra a versão dos fatos da polícia, que resultou na detenção e condenação do trio pela morte de Manfred e Marisia von Richthofen, os pais de Suzane.

Nacionalmente repercutido, o filme desperta diferentes reações nas redes sociais. Uma das pessoas que opinaram sobre o longa é delegada Cíntia Tucunduva, que investigou a morte do casal Richthofen. A profissional presenciou o desenrolar do crime que chocou os brasileiros. 

Cena do filme 'A Menina Que Matou os Pais - A Confissão' /Crédito: Prime Video

Detalhes

Por meio de um vídeo repercutido pela conta Crimes do Brasil, administrada por Ullisses Campbell, biógrafo de Suzane, Cíntia afirma que achou o filme interessante. A delegada também diz que o longa mostrou o que causou a desconfiança das autoridades envolvidas no caso. 

"Achei o filme bem interessante. Ele foi feito na ótica da observadora, que estava com uma autorização para acompanhar as nossas investigações. Foram pontuados os pontos principais, ficando assim, claro que num primeiro momento, tudo levava a crer que quem cometeu o crime era alguém familiarizado com a rotina da casa", afirmou Cíntia. 

A delegada relembrou fatos que comprovaram que algo parecia errado na cena do crime. Afinal, tudo que se encontrava no local era da própria casa, ou seja, os responsáveis pelo assassinato conheciam a casa. 

"Um daqueles detalhes que nós já mencionamos em outras oportunidades, como a jarra amarela, o saco de lixo e da faca. Esses detalhes foram importantes porque quem pegou esses utensílios, esses objetos, sabia onde eles estavam e não fizeram nenhuma desordem na casa. Então, a gaveta que foi retirada a faca, a gaveta da cozinha, estava em ordem, inclusive fechada, o saco de lixo [utilizado] estava em um saco de supermercado com os outros saquinhos na despensa, tudo juntinho, organizado", afirmou ela.

Um exemplo claro é a jarra de água, que se encontrava ao lado da cama dos corpos dos pais de Suzane, sem copos. 

"Ela [a jarra] estava sem o copo de água, que foi o que chamou a atenção, porque ninguém que vai dormir põe na cabeceira da sua cama uma jarra de água sem ter um copo para se servir", relembrou Cíntia.

O perdão

Além disso, ela também explica que a ausência de arrombamento externo, ou seja, da rua para dentro da casa, também 'deu uma estreitada no campo de investigação para uma pessoa conhecida'. 

Quando perguntada se faltou alguma coisa no novo filme, ou se mudaria algo, Cíntia disse que não tem memória do momento em que Suzane pede desculpas ao irmão. 

"Não me recordo da cena em que a Suzane pede perdão ao irmão. Eu não me recordo de nenhum momento dela relativo à compaixão, a perdão, a arrependimento. Pode ser decorrente do lapso temporal decorrido. São 21 anos, mas essa cena eu não me lembro", destaca ela.

Outro momento relembrado por Tucunduva mostra a frieza de Suzane no dia em que a farsa por trás do crime foi desvendada. Enquanto a delegada preparava uma minuta de prisão temporária, a filha dos von Richthofen perguntou se poderia dormir no sofá do local. 

"Deitou para dormir no sofá e eu pensei 'nossa, eu nunca vi isso'. Ela estava totalmente desacreditada que o crime fosse esclarecido ou o que fosse acontecer alguma coisa a ela. Deu essa impressão", disse Cíntia.