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Notícias / Brasília

Deputados americanos pedem investigação do FBI sobre ataques em Brasília

Políticos também clamam pela revogação do visto diplomático de Bolsonaro, que está no país desde 30 de dezembro

Redação Publicado em 12/01/2023, às 15h20

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Á esquerda apoiadores de Bolsonaro em frente a casa onde ele está nos EUA e à direita imagem de Bolsonaro - Getty Images
Á esquerda apoiadores de Bolsonaro em frente a casa onde ele está nos EUA e à direita imagem de Bolsonaro - Getty Images

Depois dos episódios de vandalismo e terrorismo em Brasília ocorridos no último domingo, 8, deputados dos Estados Unidos acionaram a Casa Branca para revogar o visto diplomático do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deixou o país no final do ano passado e encontra-se em território norte-americano.

Além disso, os parlamentares também pediram que o Departamento de Justiça responsabilize "quaisquer atores baseados na Flórida que possam ter financiado ou apoiado os crimes violentos de 8 de janeiro", como informado pela Folha de São Paulo. 

A carta foi enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta última quarta-feira, 11, e assinada por 46 parlamentares. Nela, há também a especificação dos ataques às instituições e ao sistema eleitoral brasileiro, feitos por Bolsonaro enquanto estava na presidência.

"Não devemos permitir que o Sr. Bolsonaro ou quaisquer outras ex-autoridades brasileiras se refugiem nos Estados Unidos para escapar da justiça por quaisquer crimes que possam ter cometido quando estavam no cargo, e devemos cooperar plenamente com qualquer investigação do governo brasileiro sobre suas ações, se solicitado", diz a carta.

Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado, indicou que o ex-presidente não pode permanecer no país com o visto de Chefe de Estado que usou para entrar. Se até o fim de janeiro não procurar o governo americano para alterar a categoria do visto que o autoriza a permanecer em solo americano — no caso, um de turista —, ele permanecerá em situação irregular até que seja deportado.

Além disso, um grupo de 32 legisladores democratas dos Estados Unidos e 38 brasileiros de diferentes partidos divulgaram uma declaração conjunta na qual acusavam o ex-presidente do país, Donald Trump, de ter encorajado Bolsonaro "a contestar os resultados das eleições no Brasil", junto de seus ex-assessores Steve Bannon e Jason Miller, pedindo responsabilização pelos ataques à democracia. Eles apontaram semelhanças entre os ataques de 6 de janeiro ao Capitólio e os ocorridos em Brasília. 

Investigações pelo FBI

Os deputados também pediram uma investigação pela FBI para "quaisquer ações que tenham sido tomadas em solo dos Estados Unidos para organizar esse ataque ao governo brasileiro".

Os ataques as sedes dos três poderes em Brasília em 8 de janeiro foram rechaçados por autoridades americanas, incluindo o presidente Joe Biden. No mesmo dia da insurreição, ele a definiu como "ultrajante" e telefonou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) para prestar solidariedade.

"Dois anos atrás, os Estados Unidos enfrentaram um ataque semelhante à nossa democracia. Conhecemos em primeira mão o impacto — imediato e de longo prazo — quando funcionários do governo subvertem as normas democráticas, espalham desinformação e fomentam o extremismo violento", escreveram os parlamentares na carta.

Bolsonaro está em território americano desde 30 de dezembro e congressistas democratas do país querem que ele seja deportado pela Casa Branca. No mesmo estado estão o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torrescuja prisão foi decretada após os ataques — e Allan dos Santos, blogueiro foragido da justiça brasileira.