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Notícias / Era Glacial

DNA de 2 milhões de anos revela pistas sobre efeitos das mudanças climáticas

Amostras encontradas datam de 2 milhões de anos e são originárias da Era Glacial

Redação Publicado em 08/12/2022, às 15h45

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Reconstrução da formação Kobenhavn há 2 milhões de anos - Divulgação/Universidade de Copenhague/Beth Zaikenjpg
Reconstrução da formação Kobenhavn há 2 milhões de anos - Divulgação/Universidade de Copenhague/Beth Zaikenjpg

Na última quarta-feira, 7, foi publicado pela Revista Nature um estudo que revela a identificação de um DNA de 2 milhões de anos no osso de um mamute siberiano datado da Era do Gelo. A descoberta foi feita por um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, e pode contribuir para prever o custo ambiental a longo prazo do aquecimento global. 

O estudo descreve os resultados da análise de 41 amostras ​​encontradas escondidas em argila e quartzo que se acumularam ao longo de 20 mil anos. O material foi achado na Formação Kobenhavn, um depósito de sedimentos de quase 100 metros de espessura, localizado no Oceano Ártico, no norte da Groenlândia.

Cientista exploram território onde foi encontrado o DNA mais antigo do mundo. Foto: Reprodução/AFP
Cientista exploram território onde foi encontrado o DNA mais antigo do mundo. Foto: Reprodução/AFP

Os pesquisadores compararam fragmentos de DNA com outras extensas bibliotecas de DNA coletadas de animais, plantas e microrganismos atuais, incluindo amostras genéticas de renas, lebres, lemingues, bétulas (árvore) e choupos (arbusto) nas porções.

Pesquisas 

Após as análises, eles conseguiram identificar que um mamute da Era do Gelo, denominado de Mastodon, chegou até a Groenlândia antes de ser extinto. Até então, acreditava-se que o alcance de animais parecidos com elefantes não se estendia até a ilha nórdica.

De acordo com um comunicado divulgado pelo professor da Universidade de Copenhagen, KurtKjaer, os equipamentos de extração permitiram que a equipe identificasse pequenas parcelas de DNA: 

Significa que finalmente conseguimos mapear um ecossistema de 2 milhões de anos".

A equipe declarou que os resultados mostram que aquele ecossistema existia em temperaturas consideravelmente mais altas do que as de hoje e que o clima parece ter sido semelhante ao que se espera no futuro, devido ao aquecimento global.