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Notícias / Arqueologia

DNA do período neolítico revela característica da cultura Yamnaya

A partir do sequenciamento do genoma de 96 indivíduos, pesquisadores descobriram como esses imigrantes mudaram a população da Europa Central

Paola Churchill Publicado em 22/04/2020, às 12h42

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Restos encontrados que ajudaram a desvendar a migração da cultura Yamnaya para a Europa - Divulgação/Serviço Arqueológico do Cantão de Berna
Restos encontrados que ajudaram a desvendar a migração da cultura Yamnaya para a Europa - Divulgação/Serviço Arqueológico do Cantão de Berna

Uma pesquisa genética revolucionou a compressão do passado pré-histórico da Suíça. O grupo de pesquisadores descobriu que um grupo de imigrantes da Estepe Pôntica transformou a composição genética da área.

No entanto, essa mudança foi gradual e, segundo os pesquisadores, a população mais velha não se misturou com os recém-chegados por muitos séculos na Suíça e nas regiões da época.

Os pastores que pertencem a cultura Yamnaya, que povoavam o território que hoje é a Ucrânia e o sul da Rússia, mudaram a população da Europa Central no período neolítico tardio, entre 3600 a 3000 a.C.

No entanto, como os povos da cultura Yamnaya chegaram ao novo continente e como eles conseguiram se misturar com os indígenas europeus ainda era incerto. Assim, pesquisadores da Universidade de Tübingen, Universidade de Berna e o Instituto Max Planck, colaboraram em uma grande pesquisa com o objetivo de sequenciar o genoma de amostras de indivíduos do período.

Os testes foram feitos a partir da amostra de 96 indivíduos que vieram de 13 locais neolíticos e da idade do bronze na Suíça e Alsácia, na França.

Com base na análise do genoma, eles conseguiram identificar quando os imigrantes Yamnaya mudaram o perfil da população europeia. Os pesquisadores afirmam que os ancestrais chegaram ao Estepe Pôntico-cáspio na Suíça entre 2860 a 2460 a.C.

A partir dessa nova informação, os especialistas foram capazes de entender a natureza das migrações que mudaram a demografia da Europa. Com base no estudo, o grupo que vivia na Estepe Pôntica era uma população homogênea que ocupava grande parte da Europa Central no início do período neolítico tardio.