Além da vítima, outros dois jovens foram infectados pela doença do tatu, na ocasião
Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/08/2022, às 17h25
Um adolescente de 16 anos morreu no último sábado, 20, na cidade de Simões, no interior do Piauí. Ele, que estava acompanhado de um irmão, de 14 anos, e um amigo de 22, foram contaminados pela bacteria Paracoccidioides brasiliensis, mais conhecida simplesmente como 'doença do tatu'.
Atualmente, o amigo da vítima se encontra internado em uma semi-UTI no hospital Justino Luz, na cidade de Picos — com dificuldades para respirar, segundo boletim da instituição de saúde —, enquanto o irmão é monitorado em sua residência. O jovem que não resistiu também chegou a ser internado na UTI do hospital de Picos, mas não resistiu.
A Secretaria de Saúde da cidade de Simões, por sua vez, informou que a doença foi contraída pelos jovens enquanto tiveram contato com tocas de tatus durante uma caçada, há cerca de um mês. Segundo o prefeito do município, Zé Wlisses, essa não foi a primeira vez que a doença foi registrada no local.
Há uma cultura de caçar tatu e algumas pessoas vendem as carnes. O local onde teriam sido contaminados pelo fungo é em uma área de uma serra na região", disse o prefeito, como informado pela UOL.
José Noronha, médico infectologista e diretor do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, na cidade de Teresina, explicou ainda com funciona a doença do tatu e afirmou ser um problema exclusivo de algumas regiões.
O fungo fica na toca, que é abrigo do tatu. Com a caça ilegal, [a pessoa] acaba inalando os esporos, liberados pelo ar e geralmente ocorre a infecção. O ideal é não fazer caça do tatu, até porque é ilegal", explica.
Segundo o Ministério da Saúde, ainda, a doença é uma das principais causas de mortes por doenças infecciosas e parasitárias do país. Entre seus sintomas, destacam-se lesões na pele, tosse, febre, falta de ar, linfonodomegalia (ínguas), comprometimento pulmonar e emagrecimento.
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