Xuxa foi pauta de uma reportagem do jornal The New York Times divulgada nesta terça-feira, 15
Redação Publicado em 15/08/2023, às 16h39
Nesta terça-feira, 15,Xuxa foi assunto de uma reportagem do jornal estadunidense The New York Times. A rainha dos baixinhos, considerada "a maior estrela da televisão brasileira" pelo jornal americano, relembrou seu passado como apresentadora de programas infantis.
Eu era uma boneca, uma babá, uma amiga para aquelas crianças. Eu era a Barbie daquele tempo. Ela usa um carro rosa, eu usava uma nave espacial rosa", disse Xuxa para o New York Times.
A reportagem menciona que as características físicas da atriz e empresária, como a pele branca, o cabelo loiro e os olhos azuis, se tornaram o padrão estético que milhares de crianças queriam atingir, seja por influência sua ou de suas Paquitas, que também possuíam a mesma fisionomia.
O assunto já havia sido abordado em “Xuxa, o Documentário”, lançado no dia 13 de julho deste ano pelo Globoplay. Durante um dos episódios, Xuxa reconhece a falta de diversidade em seus shows, a sexualização que ocorria com ela e outras participantes e o efeito de seu programa para a população majoritariamente negra do país.
Eu não via isso como errado naquela época. Hoje sabemos que está errado", afirmou a apresentadora ao jornal americano.
A matéria também exemplifica o impacto da apresentadora na autoestima dos jovens e crianças da época, ao afirmar que a quantidade de cirurgias plásticas realizadas no Brasil cresceram significantemente, especialmente entre adolescentes, conforme repercutido pela Folha de S. Paulo.
Em seu documentário, a rainha dos baixinhos direcionou a culpa para os produtores do seu programa, mas durante a entrevista ao The New York Times, ela reconheceu sua parcela de responsabilidade, "Deus, que trauma eu causei na cabeça de algumas crianças", concluiu Xuxa.
