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Notícias / Irã

Estado do Irã executou mais de 200 cidadãos em cinco meses, alerta ONU

São mais de 10 mortes por semana, uma estatística que despertou a preocupação do órgão

Ingredi Brunato Publicado em 09/05/2023, às 16h28

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Fotografia meramente ilustrativa de homem segurando bandeira do Irã em apoio aos protestos pela morte de Mahsa Amini - Getty Images
Fotografia meramente ilustrativa de homem segurando bandeira do Irã em apoio aos protestos pela morte de Mahsa Amini - Getty Images

Do início de 2023 para cá, o governo do Irãexecutou 209 pessoas, o que significa que mais de 10 indivíduos morreram pelas mãos do Estado iraniano a cada semana dos últimos meses. 

Os números alarmantes foram trazidos em foco por Volker Türk, o atual comissário dos Direitos Humanos da ONU, em um comunicado divulgado no portal do órgão internacional nesta terça-feira, 9. À luz dessas estatísticas, ele pediu que o país repensasse sua pena de morte. 

A maior parte das execuções, vale mencionar, seria de indivíduos que acabaram dentro do sistema criminal devido a condenações relacionadas a drogas, o que seria "incompatível com as normas e padrões internacionais de direitos humanos", conforme observou Türk.

Nesse ritmo, o Irã está preocupantemente no mesmo caminho do ano passado, quando cerca de 580 pessoas foram supostamente executadas. Este é um recorde abominável, especialmente quando você considera o crescente consenso pela abolição universal da pena de morte", apontou o alto comissário.

Contexto 

O Irã vive um período de turbulência política marcado não apenas por inúmeras execuções mas também por longos protestos ocorridos com o endurecimento da lei do hijab, que torna obrigatório o uso do véu islâmico por mulheres. 

A indignação pública se tornou particularmente intensa após a morte de Mahsa Amini que é uma jovem de 22 anos que faleceu no ano passado após ser sujeita a um brutal espancamento por parte das autoridades iranianas como reação ao seu não cumprimento do código de vestimenta.