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Notícias / Arqueologia

Estudo aponta que Homo sapiens fabricavam roupas há 120 mil anos

Evidências de ossos transformados em ferramentas foram encontradas em uma caverna no Marrocos

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/09/2021, às 14h43

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Ferramenta de ossos descoberta na caverna no Marrocos - Divulgação/Jacopo Niccolò Cerasoni
Ferramenta de ossos descoberta na caverna no Marrocos - Divulgação/Jacopo Niccolò Cerasoni

Pesquisadores do Instituto Max Planck, na Alemanha, examinaram objetos descobertos na Caverna Contrebandiers, em Marrocos, e apontaram que podem ser evidências mais antigas da produção de roupas pelo Homo sapiens. As informações publicadas foram em um estudo na última quarta-feira, 16.

Foram encontrados 62 ossos na caverna que, segundo os cientistas, parecem ter sido talhados para se transformar em ferramentas de trabalho, como é feito nos dias atuais, por exemplo. Mas esse é apenas um dos exemplos dos itens achados.

A transformação do osso em ferramenta para produzir roupas / Crédito: Divulgação / Jacopo Niccolò Cerasoni

Os itens são variados e podem ter sido usados ​​para diferentes materiais. As ferramentas usadas para remover e preparar o couro de pele de animais, também serviriam para outras atividades. Os objetos seriam ideais, ainda, para produções de abrigos. 

Os objetos, que remontam a 90 e 120 mil anos atrás, possuem uma extremidade larga e arredondada, possuindo características como as de espátulas. O estudo aponta que os artefatos provavelmente foram formados a partir de costelas de animais. 

Local onde a descoberta foi feita / Crédito: Divulgação / Jacopo Niccolò Cerasoni

A ciência ainda não sabe quando roupas definidas passaram a ser produzidas e usadas pelos Homo sapiens. No entanto, especialistas indicam que isso pode ter acontecido há 120 mil anos, podendo chegar a até 170 mil, segundo pesquisas anteriores. Para chegar a esse número, foi necessário analisar as ferramentas usadas, principalmente devido à difícil conservação das roupas.

A pesquisadora do Instituto Max Planck, Emilly Hallett , explicou que foram encontrados ainda ossos de raposa, chacal e gato selvagem que não estava em suas formas originais e apresentavam marcas de ranhuras e arranhões, além de estarem mais brilhantes que o normal. Isso poderia indicar uma retirada dos animais. 

“Estou muito animada com as marcas de esfola [nos ossos], porque não vi esse padrão sendo descrito antes. Minha esperança é que os arqueólogos que trabalham em locais muito mais antigos também comecem a procurar esse padrão ”, destacou Hallett à CNN.