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Notícias / Nasa

Estudo da Nasa revela que quatro luas de Urano podem ter água

Os pesquisadores reanalisaram dados de uma nave da Nasa e usaram novo modelo de computador

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 05/05/2023, às 15h19

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Nova modelagem que exibe algumas luas de Urano - Divulgação / NASA
Nova modelagem que exibe algumas luas de Urano - Divulgação / NASA

Um estudo divulgado pela Nasa nesta sexta-feira, 5, informou que cientistas descobriram que, entre as cinco grandes luas de Urano, quatro delas podem conter oceanos com dezenas de quilômetros de profundidade (o planeta possui ao menos 27 satélites). Tal descoberta foi registrada em um artigo científico que foi publicado no periódico Journal of Geophysical Research, em dezembro do ano passado.

Esse é o primeiro estudo a detalhar a evolução da composição interior e a estrutura das cinco grandes luas uranianas: Umbriel, Titânia, Miranda, Ariel e Oberon. Os pesquisadores utilizaram uma nova modelagem de computador e reanalisaram dados da década de 1980 de sobrevoos da nave Voyager, da Nasa.

Assim, concluíram que tais luas possuem uma camada oceânica entre os núcleos e crostas geladas. Na modelagem, os cientistas incluíram dados acerca da química e a geologia de corpos gelados do mesmo tamanho das luas uranianas, como a lua de Saturno, Encédalo, por exemplo.

Nova modelagem mostrando camada oceânica de Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon - Crédito: Divulgação / NASA

Resultado promissor

De acordo com a Galileu, no resultado, foi possível avaliar o quão porosas as superfícies das luas de Urano são, descobrindo que, provavelmente, elas são isoladas o suficiente para reter o calor interno necessário para abrigar até mesmo um oceano.

O novo estudo revela também que há uma possível fonte de calor nos mantos rochosos das quatro luas, que liberam um líquido. Este então ajudaria um oceano a se manter quente. Isso é provável especialmente para Oberon e Titânia, onde as águas seriam quentes o suficiente para abrigar vida.

Julie Castillo-Rogez, principal autora do artigo, que trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, disse em um comunicado: “Precisamos desenvolver novos modelos para diferentes suposições sobre a origem das luas a fim de orientar o planejamento para futuras observações”.