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Notícias / Brasil

Estudo revela existência de diferentes espécies de ave amazônica até então tida como única

Pesquisadores estimam que possam existir entre 8 e 17 espécies de manakin

Redação Publicado em 25/11/2021, às 13h36

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Manakin-de-coroa-branca - Divulgação / Phillip Edwards, Macaulay Library e Cornell Lab of ornithology
Manakin-de-coroa-branca - Divulgação / Phillip Edwards, Macaulay Library e Cornell Lab of ornithology

A Pseudopipra pipra, conhecida como Manakin-de-coroa-branca, sempre foi tida como uma das espécies de aves mais comuns da América do Sul.

No entanto, um estudo publicado este mês na revista científica "Molecular Phylogenetics and Evolution" contestou a afirmação. 

A pesquisa, liderada pelo professor da Universidade de Michigan, Jacob Berv, indicou que o manakin pode não ser apenas uma, mas um grupo de diversas espécies.

A hipótese surgiu depois que Berv percebeu que a plumagem não era a única característica que poderia variar entre os manakins.

A partir do auxílio de especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que gravaram os sons de 200 pássaros, ele foi capaz de identificar 14 tipos de canto.

"O canto é algo muito importante para as aves se encontrarem e se reconhecerem dentro de um bosque. Um pássaro não costuma acasalar com outro que não tenha o mesmo canto que o seu", diz a coordenadora de Biodiversidade do Inpa, Camila Ribas, única brasileira a assinar o artigo.

De acordo com o portal de notícias G1, o pesquisador norte-americano considera a hipótese de a ave ter surgido nas florestas altas dos Andes, no norte do Peru, e que, com o passar de séculos, migrou para outras regiões do continente.

"Atualmente, essa ave também é encontrada em toda a Bacia Amazônica, em demais florestas do Brasil [Mata Atlântica], no Peru e em muitos outros países, incluindo partes da América Central" declarou Berv. Ele e os demais pesquisadores sugerem que algumas das populações ancestrais do Pseudopipra pipra teriam ficado isoladas por barreiras físicas após migrarem dos Andes.

Desta forma, teriam evoluído de maneira independente, formando "um complexo de espécies composto de pelo menos 8, e talvez até 17 espécies distintas".

Confira o estudo completo por meio deste link.