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Notícias / Europa

“Europa aos europeus. Viva a raça branca”: Escolas em Portugal amanhecem com frases racistas

“[Não se pode] acreditar que, em 2020, tantos anos depois de Rosa Parks, ainda haja primarismo deste tipo”, declarou o secretário de Estado Adjunto e da Educação de Portugal sobre o caso

Fabio Previdelli Publicado em 31/10/2020, às 09h09

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Imagem sobre as pichações em escolas de Portugal - Divulgação/ Twitter
Imagem sobre as pichações em escolas de Portugal - Divulgação/ Twitter

Na madrugada de ontem, 30, algumas escolas em Lisboa, Portugal, amanheceram pichadas com frases racistas e xenofóbicas contra brasileiros. Entre elas estavam, principalmente, a Escola Secundária da Portela. Além da instituição, as escritas também foram percebidas nas escolas secundárias António Damásio e de Sacavém, no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), e na Universidade Católica de Portugal (UCP).  

Em imagens que viralizaram nas redes sociais, como a imagem de capa dessa matéria, das pichações na Portela, é possível notar frases como “Portugal é branco”, além do pedido para que “pretos” e os “zucas”, gíria que se refere aos brasileiros que lá estão, “voltem para África” e “para as favelas”. 

A Embaixada do Brasil em Lisboa divulgou uma nota ao UOL dizendo ter recebido as notícias sobre os atos de vandalismo “com consternação”, além de considerar as falas “absolutamente inaceitáveis”. 

"A Embaixada manifesta sua certeza de que as autoridades competentes assim como os responsáveis pelas instituições de ensino envolvidas saberão tomar as medidas necessárias para denunciar e coibir tais atos", declararam. 

As pichações na UCP foram repudiadas pela reitora Isabel Capeloa Gil, que disse que, “pelo conteúdo dos dizeres, este é um crime público”. A Associação de Estudantes do Instituto Universitário de Lisboa afirmou estar “em choque” com os atos.

Já o secretário de Estado Adjunto e da Educação de Portugal, João Costa, lamentou o ocorrido e usou as redes sociais para dizer que “[não se pode] acreditar que, em 2020, tantos anos depois de Rosa Parks, ainda haja primarismo deste tipo”.