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Notícias / Nardoni

Exame determina que Alexandre Nardoni pode cumprir pena em regime aberto

Envolvido na morte da pequena Isabella, sua própria filha, em 2008, Alexandre Nardoni recentemente buscou na Justiça progressão de sua pena para o regime aberto

Éric Moreira Publicado em 24/04/2024, às 08h30

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Alexandre Nardoni, pai de Isabella - Reprodução / vídeo
Alexandre Nardoni, pai de Isabella - Reprodução / vídeo

Envolvido na morte da pequena Isabella Nardoni em 2008, o pai da garota, Alexandre, foi condenado a 30 anos de prisão. Recentemente, porém, ele cumpriu o que seria a última etapa antes de poder progredir sua pena para o regime aberto, o exame criminológico — que, por sua vez, concluiu que não havia qualquer contraindicação para o pedido.

No exame criminológico, conforme repercutido pelo g1, que teve acesso ao laudo, Nardoni foi avaliado por três profissionais diferentes: uma assistente social, uma psicóloga e um psiquiatra. Autorizado a progredir para o regime aberto, agora a decisão final sobre sua pena depende apenas de um juiz.

Na legislação atual, para alguém progredir ao regime aberto, é necessário que ele esteja trabalhando, ou que comprove a possibilidade de trabalhar imediatamente; e apresentar indícios de que irá se ajustar, "com autodisciplina e senso de responsabilidade", além de baixa periculosidade, ao novo regime.

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Vale mencionar que hoje Alexandre Nardoni tem 45 anos, tendo passado um terço de sua vida na prisão. A mulher que se envolveu no crime junto a ele, Anna Carolina Jatobá, também foi condenada e já cumpre pena em regime aberto, desde junho do ano passado.

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No dia 17 de abril, a psicóloga envolvida nos exames de Nardoni escreveu que, sobre o assassinato da Isabella, ele "demonstra ter consciência da gravidade da acusação, porém não é possível abordar o sentimento de arrependimento, visto que o apenado permanece negando a autoria do delito pelo qual está condenado. Ainda assim, informa que buscou cumprir a sentença da melhor forma possível, através de atividades laborterápicas, pedagógicas e intelectuais".

Já a assistente social escreve que ele "demonstra ter consciência da gravidade do fato, contudo, não expressa arrependimento de algo que não cometera. Seus sentimentos são de dor pela perda da filha. Ao longo dos anos vem interpondo recursos, reunindo elementos novos, alguns não considerados, visando provar sua inocência e chegar ao verdadeiro culpado. Importante enfatizar que seu discurso se mantém inalterado, logo, nega a autoria dos fatos".

Por fim, na última segunda-feira, 22, o psiquiatra emitiu no relatório: "Sobre o delito, homicídio da própria filha, nega autoria. Afirma que ele e esposa seguem tentando provar inocência, contrataram peritos independentes para buscar opiniões divergentes em relação às lesões encontradas na filha por discordar do laudo do IML. [...] Como não assume autoria, não há que se falar em arrependimento. Frente à ponderação de que o crime provocou grande comoção popular, afirma não saber exatamente o motivo para isso".

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Fora isso, também é mencionado nos documentos que Nardoni apresentou bom-comportamento durante seu regime, além de envolvimento em outras atividades, sem mencionar inteligência acima da média do corpo de detentos. Com isso, "não há contraindicação psiquiátrica, neste momento, para progressão de regime penal", escreve o psiquiatra.