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Notícias / Brasil

Família se confunde em identificação e vela corpo errado por duas vezes

Parentes do pescador Maciel Fernandes identificaram errado o corpo de outro homem e, após muita confusão, chegaram a velá-lo por duas vezes; Maciel, porém, está vivo

Redação Publicado em 12/01/2023, às 14h44

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Na última segunda-feira, 9, o pescador Maciel Fernandes dos Santos, 41, desapareceu após sair de casa, em Piúma (ES), sem avisar seus familiares. Desde então, ele não fez mais contato e seu parentes só souberam que ele foi para uma incursão de pescaria devido a informações de terceiros. 

Pouco depois, porém, eles receberam a notícia que um homem com as características semelhantes a de Fernandesfoi assassinado no bairro de Niterói. Mensagens espalhadas por aplicativo de mensagem reforçaram que a vítima seria o pescador. 

Assim, seus parentes foram ao Serviço Médico Legal em Cachoeiro de Itapemirim (ES) para identificar o cadáver. Mesmo vendo apenas o corpo de bruços e com o rosto ensanguentado, eles informaram que a vítima era mesmo Maciel

Erro repetido

Desta forma, ainda na segunda-feira, já na parte da noite/madrugada, o velório do pescador foi marcado para uma igreja evangélica, perto de onde a família mora. Conforme conhecidos de Maciel chegavam, porém, uma dúvida começou: aquele realmente seria o homem?

Com a discordância da identidade, a funerária recolheu o corpo e marcou uma nova etapa de reconhecimento, com liberação em laboratório. O trâmite foi cumprido nas horas seguintes por outro familiar, que ainda assim tinha dúvida se aquele era Maciel

O corpo, novamente, foi levado para a igreja, o que gerou ainda mais discussão entre os parentes. A confusão só foi desfeita graças a uma jornalista local, aponta matéria do UOL. 

Crise de identidade 

A verdadeira identidade do velado só foi descoberta porque seus parentes ‘de verdade’ apareceram na cerimônia. “A gente chegou e deu de cara com a família velando o corpo do nosso parente”, disse a familiar de Claudemir Moreira, homem em questão, em entrevista ao UOL. 

“A gente não entendeu nada porque eles estavam fazendo aquilo, porque eles sabiam que não era o corpo. Se a gente não tivesse sido avisado, eles iriam enterrar nosso parente e a gente nunca ia achar", lamentou. 

Ainda segundo a fonte, Claudemir, de 36 anos, que era ajudante de pedreiro, foi vítima de um homicídio. A área onde o crime ocorreu é conhecida pelo tráfico de drogas. Porém, sua família nega que ele estava envolvido neste tipo de ilicitude. 

“A gente acredita que ele tenha sido morto por engano. Não era para ele morrer ali, porque ele não deve nada a ninguém e não tem envolvimento com crimes. Ele estava voltando do trabalho dele quando fizeram essa covardia", continua sua familiar, que pediu para não ser identificada. 

Identificamos ele pela tatuagem no peito escrito com o nome do filho dele. Tudo isso é revoltante, constrangedor e dolorido demais pra gente", contou. 

A confusão só foi percebida pela jornalista, que também pediu anonimato. Conhecida das duas famílias, ela pediu para que parentes do ajudante de pedreiro comparecerem ao local para esclarecer o erro. 

"A gente entende que pode ter tido confusões. Tá todo mundo preocupado, cheio de coisas na cabeça e pode acontecer isso. Mas conversamos com a outra família. Eles estão sofrendo, mas felizmente, do nosso lado, conseguimos confirmar [tudo]", disse um dos familiares de Maciel Fernandes, envolvido no reconhecimento do corpo. 

Agora, a expectativa é que o corpo de Claudemir seja velado, novamente, mas pela família correta, ainda nesta quinta-feira, 12. Após a cerimônia, ele será enterrado em Piúma. Já Maciel foi localizado em seu barco de pesca e deverá voltar para a cidade do Espírito Santo até o final de semana.