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Notícias / Gal Costa

Filho e viúva de Gal Costa relembram dia da morte da cantora

Em disputa pela herança de Gal Costa, filho e viúva da cantora relembraram a morte e dúvidas em torno do patrimônio da artista

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 31/03/2024, às 23h35 - Atualizado às 23h43

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Gal Costa ao lado de Gabriel (à esqu.) e Wilma Petrillo (à dir.) - Arquivo pessoal e Reprodução/Vídeo
Gal Costa ao lado de Gabriel (à esqu.) e Wilma Petrillo (à dir.) - Arquivo pessoal e Reprodução/Vídeo

A morte de Gal Costa repercutiu entre internautas neste domingo, 31. Durante entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Gabriel Costa e Wilma Petrillo, respectivamente filho e viúva da cantora, comentaram a briga na justiça pela herança e relembraram o dia da morte de Gal. O filho único da artista contesta o direito da viúva de receber parte do patrimônio.

A artista faleceu em novembro de 2022, em decorrência de um infarto agudo no miocárdio. A cantora batalhava contra o câncer. Gabriel relembra que fez um chá para a mãe na noite de seu falecimento. Em seguida, descobriu através de Wilma que ela não se sentia bem.

"Fiquei com a minha mãe na sala, assistindo TV um pouco com ela. Ela estava bem, tranquila. Só que pediu para a gente subir. E nós três subimos. Eu, Wilma e minha mãe. A Wilma e eu fizemos um chá pra ela", disse ele. "Fui no quarto da minha mãe dar boa noite pra ela. Só que nisso a Wilma falou que ela não tava bem, estava com calafrios, tinha vomitado, e que já tinha dado remédio para ela. Eu fiquei um pouco lá com ela e fui dormir". 

Depois, ele foi acordado pela viúva de Gal, que pedia ajuda para colocar a cantora na cama. Foi quando o rapaz se desesperou.

"Umas 4h30, 5h da manhã, fui acordado pela Wilma. Ela me chamando no quarto para ajudá-la a botar minha mãe na cama. Ela estava entre a cabeceira e a cama. Eu achei realmente que ela estava dormindo, que acabou caindo enquanto dormia. Só que aí fui chamá-la, chamei, chamei, chamei... Quando vi que minha mãe não estava respondendo, comecei a ficar um pouco mais desesperado".

Assim, Gabriel ligou para o SAMU, que o instruiu com procedimentos de socorro em casa até que chegassem.

"Ela estava começando a ficar fria, pálida, a boca dela estava roxa. Liguei para o SAMU. Me atenderam e falaram: ‘faz uns processos, massagem cardíaca’ até eles chegarem e nada. Só que aí a Wilma falou: ‘Tá demorando muito. Chama o [Albert] Einstein, chama o Sírio[-Libanês, hospitais localizados em São Paulo]. Liguei para os dois", disse ele.

Infelizmente, veio a notícia de que a artista havia falecido. De acordo com Gabriel, o corpo de Gal permaneceu em casa até o momento do sepultamento.

"Eles começaram a conversar entre médicos, eu comecei a chorar muito. Eu ouvi que deu óbito e dei uma saída, porque precisava respirar. Não sei o que aconteceu, mas minha mãe ficou lá, na cama dela, morta, até o dia de ser levada para o sepultamento", explicou Gabriel.

Ausência de autopsia 

Petrillo disse que a companheira estava 'ofegante' e que sentia muito frio.

"Cheguei lá no quarto, ela olhou para mim com os olhos tristes. Estava meio ofegante, sabe? Eu disse: ‘Você tá bem?’. Ela disse que estava com muito frio. Aí eu pus aquele cobertor térmico. Ela ficou quietinha, encolhida", relembrou a ex-empresária da artista.

"Ela acordou, eu disse: ‘Você tá melhor’? ‘Tô’. Aí ela deitou a cabeça no meu ombro e disse: ‘Então vai ser assim’. Você vai ficar comigo até... até... Eu já não sei mais viver sem você. Como ela disse que estava enjoada, quando ela virou na cama, achei que ela fosse vomitar. Chamei o Gabriel para virá-la. Pus a mão aqui, ela não respondia, não tinha pulso", destacou Wilma.

Durante a entrevista, Petrillo também comentou o fato do corpo da cantora não ter passado pela autópsia. Segundo ela, era uma vontade da artista.

"A médica disse: ‘Vocês querem fazer uma autópsia?’. Aí eu lembrei que a gente tinha visto na televisão um programa sobre necropsia, autopsia, e Gal disse: ‘Deus me livre se um dia eu tiver que ir embora e tiverem que fazer isso comigo’. Porque era uma coisa bastante agressiva. E falei: ‘Não quero autópsia'", disse ela.

Gabriel, entretanto, não gostou da decisão. Assim, ele pediu a exumação do corpo da mãe.

"Não teve autópsia, então não tinha como saberem se foi algo mais profundo, algo a mais que a parada cardíaca. Porque eu queria ter certeza se foi realmente isso", explicou.