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Notícias / Tortura

Funcionários torturados por patrões na Bahia revelam detalhes cruéis

Com queimaduras de ferro e pauladas, o caso repercutiu nacionalmente pela crueldade, agora detalhada pelas vítimas

Redação Publicado em 05/09/2022, às 17h53

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Vítimas de tortura em entrevistas - Divulgação / TV Globo
Vítimas de tortura em entrevistas - Divulgação / TV Globo

William Jesus, 24, e Marcos Eduardo, 21, se tornaram nacionalmente conhecidos durante a última semana após a divulgação de vídeos onde os dois funcionários negros de uma loja na Bahia são torturados pelos patrões, identificados como Alexandre Santos Carvalho e Diógenes Carvalho, após serem acusados de furto.

Após a repercussão, as vítimas aceitaram conversar com o programa 'Fantástico', da TV Globo, revelando detalhes sobre os episódios de tortura que resultaram em agressões com pauladas e queimaduras com ferro quente, tendo o som dos gritos de sofrimento completamente abafados por um pano, forçado na boca dos rapazes pelos agressores.

De acordo com William, após ser completamente despido e colocado em uma saia, a crueldade ocorreu em meio ao apreço dos patrões, que interagiam aos risos: “Ele começou a queimar minha mão, sorria, dava risada, falava que eu estava vivendo o tempo da escravidão”, disse ao veículo.

E aí foi doloroso foi essa parte aí. Nossa. Essa parte de passar por tudo mundo, daquela forma, e como ele falou: ‘como os escravos passou, né?’ E sair daquela forma ali foi muito humilhante, foi doloroso. Até hoje não consigo esquecer aquela cena”, acrescentou William, após ter de fugir passando por diversos colegas de trabalho.

Testemunha detalha

Na mesma reportagem, a emissora conversou com uma mulher, que não fez questão de se identificar, mas que esteve próxima das vítimas e descreveu o momento da fuga de William, relatando que ele foi perseguido até mesmo depois de conseguir sair do prédio onde foi encurralado.

Como ele estava com um pano na boca, não dava para ouvir gritos nem nada. Só dava para ouvir a zoada da paulada nas mãos dele e depois só vi ele correndo de saia, e os dois atrás. Gerente e o dono atrás com pedaço de pau gritando pega ‘ladrão, pega ladrão’”, afirmou.