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Notícias / Paleontologia

'Girino assassino' anterior aos dinossauros tem rosto reconstruído por cientistas

Animal de 3 metros que vivia no hemisfério norte tinha dentes e olhos grandes, lembrando um crocodilo

Eduardo Lima, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 08/05/2023, às 15h19

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Representação artística da cabeça do Crassigyrinus scoticus - Divulgação/Bob Nicholls 2018
Representação artística da cabeça do Crassigyrinus scoticus - Divulgação/Bob Nicholls 2018

330 milhões de anos, provavelmente rondava pelos pântanos de carvão (formações vegetais que não existem mais) o Crassigyrinus scoticus, animal interessante que era como um girino gigante parecido com um crocodilo. Agora, os cientistas conseguiram reconstruir a aparência provável do interessante animal extinto.

A espécie de "girino assassino" foi descoberta há cerca de 10 anos, mas todos os fósseis de ossos do animal estavam quebrados, dificultando uma reconstrução do Crassigyrinus scoticus e de como ele vivia. Agora, com tecnologias de escaneamento e ressonância mais avançadas, os pesquisadores puderam juntar os fragmentos do bicho pré-Jurássico.

O animal, que deve ter começado a aparecer há 400 milhões de anos, era um tetrápode (quatro membros) e parente das primeiras espécies a fazerem a transição evolutiva da água para a terra. Segundo o site de divulgação científica LiveScience, o C. scoticus era um animal aquático que vivia nos pântanos de carvão onde hoje ficam as florestas da Escócia e da América do Norte.

Reconstrução da face

A pesquisa que tentou reconstruir o corpo do Crassigyrinus scoticus foi realizada por cientistas do University College London, e os responsáveis por ela publicaram um comunicado à imprensa onde informam que o animal tinha grandes dentes e mandíbulas poderosas.

O animal também tinha um corpo achatado e membros pequenos, como os de um crocodilo. Ele também tinha entre 2 e 3 metros, um tamanho grande para 330 milhões de anos atrás, como explicou a principal autora do texto, Laura Porro, no comunicado de imprensa.

Sobre o comportamento do animal, Porro afirma que ele provavelmente vivia como os crocodilos de hoje, nadando pela água e usando a poderosa mandíbula para caçar suas presas em terrenos pantanosos. Outra semelhança com os crocodilos é o formato do crânio, encontrado depois de quatro ressonâncias diferentes.

Para saber mais sobre o estudo, você pode lê-lo na íntegra no periódico científico Journal of Vertebrate Paleonthology clicando aqui.