Marcas encontradas caverna La Roche-Cotard, na região francesa de Centre-Val de Loire, foram feitas há 75.000 anos
Marcas estranhas encontradas em uma caverna francesa foram identificadas como as mais antigas gravuras conhecidas feitas pelos neandertais. As ranhuras foram feitas a cerca de 75.000 anos atrás.
As marcas, conhecidas como caneluras de dedos, podem ajudar os pesquisadores a entender melhor como era a expressão artística da espécie prima humana — que se extinguiu há cerca de 28 mil anos.
As ranhuras, encontradas em uma parede da caverna La Roche-Cotard, na região francesa de Centre-Val de Loire, foram analisadas por equipe da Universidade de Tours. Elas incluem longas linhas, traços e pontos que podem ser encontrados em diversas áreas da caverna.
Os pesquisadores criaram modelos em 3D das marcações para compará-las com desenhos semelhantes feitos por humanos. Além disso, se baseando na forma, espaçamento e arranjo dessas gravuras, a equipe concluiu que eram formas deliberadas, organizadas e intencionais criadas por dedos de Neandertal desenhando fazendo entalhes em uma superfície macia.
Um fato curioso é que, ao analisar o sedimento encontrado no local, os pesquisadores descobriram que a caverna havia sido fechada a cerca de 57 mil anos atrás — visto que rochas e detritos tomaram conta de suas entradas.
Em artigo publicado na revista científica Plos One, a equipe de pesquisadores relata que as marcas foram feitas bem antes do Homo sapiens se estabelecer na região. O que corroborado para o fato é que as ferramentas encontradas na caverna também remetem aos neandertais.
Conforme relatado pelo Daily Mail, ao analisarem as camadas da rocha, os estudiosos relataram que as gravuras podem ter sido feitas até 75.000 anos atrás. Como elas não representam animais ou objetos, porém, a interpretação das formas não está clara.
Gravuras rupestres de idades semelhantes foram feitas por humanos primitivos em outras partes do mundo, dizem os pesquisadores, o que evidencia que o comportamento e as atividades dos neandertais eram tão complexos e diversos quanto os de nossos próprios ancestrais.
