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Notícias / Estados Unidos

Grupo neonazista dos EUA possui membros das Forças Armadas

Cofundador do Clockwork Crew tinha sala adornada com fotos de Hitler em uma das maiores bases militares do país

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 14/08/2023, às 11h14

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Imagem ilustrativa - Getty Images
Imagem ilustrativa - Getty Images

Um "clube ativo" neonazista possui vários membros, antigos e atuais, das Forças Armadas dos Estados Unidos. Conforme aponta dossiê feito pelo The Guardian, entre eles estão um operador de metralhadoras detido por acusações de insubordinação e um ex-sargento do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA que foi expulso por roubar grandes quantidades de munição.

O cabo fuzileiro Mohammed Wadaa e o ex-sargento Gunnar Naughton fazem parte do Clockwork Crew, o primeiro "clube ativo" da Califórnia — segundo apresentam os próprios registros do grupo, assim como publicações nas redes sociais.

De acordo com o veículo britânico, "clubes ativos" são uma referência a grupos nacionalistas brancos e clubes de luta neofascistas que treinam em esportes de combate; e vem se tornando uma preocupação cada vez maior em relação à aplicação da lei no país.

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Clockwork Crew

Anteriormente conhecido como Crew 562 (o código de área de Long Beach, na Califórnia), o Clockwork Crew foi fundado em 2021. Atualmente, segundo pesquisadores, o grupo conta com uma dúzia de membros.

O Clockwork Crew também possui ligações consideráveis com outros "clubes ativos" da Califórnia, como o Golden State Skinheads — tradicional gangue skinhead que esfaqueou vários manifestantes antifascistas em 2016.

O clube neonazista, porém, não limita suas fronteiras apenas para o território norte-americano. O The Guardian aponta que eles também possuem laços com a Europa Ocidental. Por lá, o croata Juraj Mesić chefiou um braço do grupo, composto por oito pessoas, antes de ser preso em março deste ano por abuso racista contra um trabalhador imigrante.

Pesquisadores apontam que o Clockwork Crew chama a atenção pela disposição de seus membros se envolverem em confrontos públicos. O "clube ativo" foi cofundado por Mohammed Wadaa, do 3º batalhão 5º regimento da 1ª divisão do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos em Camp Pendleton (ao norte de San Diego).

Em imagens publicadas por Wadaa no Telegram, é possível ver que a base onde ele mora, uma das maiores do país, possui uma sala adornada com um pôster de Adolf Hitler, aponta o veículo britânico.

Mohammed também já participou de marchas com grupos de ódio e está atualmente sob corte marcial por desobedecer às ordens gerais do Corpo de Fuzileiros Navais que proíbem defender a ideologia extremista e ter tatuagens extremistas. Ele foi condenado a 11 meses de prisão, uma redução no posto para soldado raso, e será dispensado por má conduta.