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Notícias / Sudão

Grupo paramilitar do Sudão toma palácio presidencial

Grande clima de tensão é instaurado no país do norte da África, e conflitos armados se espalham por todo o território

Redação Publicado em 15/04/2023, às 11h28

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Cena de vídeo gravado no Sudão onde é possível observar fumaça próxima a aeroporto de Cartum - Reprodução/Vídeo/YouTube
Cena de vídeo gravado no Sudão onde é possível observar fumaça próxima a aeroporto de Cartum - Reprodução/Vídeo/YouTube

Neste sábado, 15, as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), principal grupo paramilitar do Sudão, afirmou ter assumido controle do palácio presidencial do país, além da residência do chefe do exército, do aeroporto internacional de Cartum, na capital, e outros aeroportos nas cidades de Merowe e El Obeid. 

Mohamed Hamdan Dagalo, mais conhecido somente como Hemedti, líder da RSF, disse que entregará o chefe do exército sudanês ou "será morto", com o golpe e tomada de poder. Isso porque a RSF e o exército, juntos, derrubaram o autocrata Omar al-Bashir mas, na última quinta-feira, 13, os dois grupos se dividiram, quando os militares disseram que os paramilitares encabeçavam movimentos ilegais.

As forças armadas do Sudão afirmam que a RSF, além de tomar o controle de diversas regiões do país, tentou atacar suas tropas, e por isso um tenso conflito armado vem se instaurando por todo o território nos últimos dias. Os paramilitares, por sua vez, afirmam o oposto: dizem que suas forças foram atacadas primeiro, quando o exército cercou uma de suas bases e abriu fogo com armas pesadas.

Até o momento, médicos sudaneses informaram às agências de notícias que, com os confrontos, alguns civis já vêm sendo feridos e até mortos — até o momento, há três mortes confirmadas. Já um jornalista da Reuters, como informado pelo g1, alega ter visto canhões e veículos blindados nas ruas de Cartum, além de ter escutado tiros de armas pesadas do quartel-general tanto do exército quanto da RSF.

Autoridades globais

Com a complexa situação vista no Sudão, diversas autoridades de todo o mundo vêm demonstrando grande preocupação com o país. Por exemplo, o Egito — um dos mais influentes estados árabes —, além de se dizer preocupado, pediu moderação de todas as partes do conflito.

John Godfrey, embaixador dos Estados Unidos no Sudão, por sua vez, afirma que a escalada das tensões para os combates diretos era "extremamente perigosa", e pediu para que os confrontos cessassem urgentemente.

Por fim, o chefe de política externa da União Europeia, Joseph Borrell, também se pronunciou. Neste sábado pediu a todas as forças envolvidas nos conflitos para interromperem a violência imediatamente, e ainda afirmou, em publicação no Twitter, que todos os funcionários da UE no Sudão já estavam em locais seguros.