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Notícias / Coronavírus

Homem testa positivo para Covid-19 43 vezes, mas se cura depois de 10 meses

“Acho que eu deveria ganhar uma medalha ou um certificado”, brincou o britânico Dave Smith, de 72 anos

Isabela Barreiros, sob supervisão de Alana Sousa Publicado em 06/07/2021, às 13h00

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O britânico Dave Smith - Divulgação/BBC News
O britânico Dave Smith - Divulgação/BBC News

Uma reportagem especial da BBC News contou a história do britânico que testou positivo para o novo coronavírus 43 vezes, que é tido até então como o caso mais longo já registrado da doença. Foram necessários 290 dias para que ele conseguisse se recuperar.

Como muitas pessoas ao redor do mundo, Dave Smith, de 72 anos, contraiu a Covid-19 em março do ano passado. Morador de Bristol, ao oeste da Inglaterra, ele trabalha como instrutor de autoescola, além de ser músico. 

No entanto, seu caso foi bastante particular. Smith estava se recuperando de um tratamento quimioterápico para leucemia, o que fez com que seu sistema imunológico ficasse ainda mais vulnerável. Com o novo coronavírus em seu organismo, a situação ficou difícil.

À BBC, ele disse: "Todos os testes davam positivo. Uma semana depois, positivo. Rezava para que o próximo fosse negativo, mas nunca era". O tempo passava mas os testes voltavam positivos, o que fez com que o britânico perdesse 63 kg durante os meses.

Lynda, a esposa de Dave, contou à reportagem que “houve momentos em que achávamos que ele não conseguiria (sobreviver)". "Fiquei resignado. Liguei para minha família, fiz as pazes com todos e me despedi. Fiz uma lista com as músicas que queria que tocassem em meu velório", recordou o instrutor.

Ele também relembrou um episódio difícil: "Uma vez eu tossi por 5 horas sem parar. Não falo de tossir, parar, tossir, parar. Mas de tossir, tossir e tossir sem parar, por 5 horas. Consegue imaginar o cansaço que isso causa ao seu corpo?".

O resultado negativo viria apenas 290 dias depois, pouco tempo depois de ter recebido um tratamento com um coquetel de remédios antivirais da Regeneron. Ed Moran, médico do Southmed Hospital, onde o britânico foi internado, explicou que a relação entre a cura e o coquetel só poderá ser confirmada por meio de estudos aprofundados. 

"Tínhamos uma garrafa de champanhe fazia não sei quanto tempo. Abrimos e bebemos. E nós nem bebemos", disse Smith. "Agora eu sou uma estrela? Acho que eu deveria ganhar uma medalha ou um certificado. É como se tivessem me dado minha vida de novo. Você pensa: 'o que eu posso fazer com essa vida?' Estou próximo dos 73 anos, mas talvez ainda tenha algo de bom sobrando em mim."