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Notícias / Bomba nuclear

"A humanidade não sobreviverá a uma sequência de Oppenheimer", diz secretário-geral da ONU

Durante uma reunião do Conselho de Segurança, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para o risco de uma “guerra nuclear”

Redação Publicado em 19/03/2024, às 17h34

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Imagem de teste nuclear realizado pelos Estados Unidos em 1953 - Domínio Público
Imagem de teste nuclear realizado pelos Estados Unidos em 1953 - Domínio Público

Nesta segunda-feira, 18, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a não proliferação nuclear organizada pelo Japão, o secretário-geral da organização alertou que “a humanidade não sobreviverá a uma sequência de Oppenheimer”. Sua fala também conteve outras advertências para o risco de uma “guerra nuclear”.

"Estamos reunidos em um momento em que as tensões geopolíticas e a desconfiança elevaram o risco de guerra nuclear ao seu nível mais alto em várias décadas. O Relógio do Juízo Final está correndo e seu preocupante tique-taque ecoa em todos os ouvidos”, disse António Guterres durante a conferência.

Ainda segundo o secretário-geral, o filme ‘Oppenheimer’ (2023) mostrou a milhões de pessoas “a dura realidade do apocalipse nuclear”. Contudo, “a humanidade não pode sobreviver a uma sequência de Oppenheimer. Todas estas vozes, todos estes avisos, todos estes sobreviventes imploram ao mundo para se afastar do precipício”, acrescentou Guterres.

“Holocausto nuclear”

Embora não tenha mencionado diretamente nenhum país, representantes do Japão, Estados Unidos e da França aproveitaram a oportunidade para denunciar a “retórica” nuclear de Vladimir Putin, que afirmou na última semana que o arsenal russo está “preparado” para uma guerra nuclear.

Conforme repercutido pelo UOL, em um período de divisão no Conselho de Segurança da ONU, Guterres argumentou que “só trabalhando juntos poderemos erradicar o risco de um holocausto nuclear”.

Tendo isso em mente, a embaixadora dos EUA, Thomas-Greenfield, anunciou um projeto já em andamento em colaboração com o Japão, que “reafirma as obrigações” do Tratado do Espaço Sideral de 1967. Este documento pede que não haja o “desenvolvimento de armas nucleares ou de nenhuma outra arma de destruição em massa projetada especificamente para a sua colocação em órbita”. 

Ainda durante a reunião, a ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa, reforçou a necessidade do espaço permanecer um “lugar livre de armas nucleares”. Ela também anunciou a criação de um grupo de “amigos” para espaldar as negociações do tratado de “corte”, que proíbe a produção de material fissionável para armas nucleares. Os Estados Unidos e a França se comprometeram a participar.