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Notícias / Arqueologia

Igrejas de 1,5 mil anos são descobertas em antigo reino africano

O povo dos Aksum se converteu ao cristianismo durante o século 4, deixando edificações históricas

Ingredi Brunato Publicado em 12/12/2022, às 16h15

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Fotografia da escavação das igrejas - Divulgação/ Universidade de Cambridge
Fotografia da escavação das igrejas - Divulgação/ Universidade de Cambridge

Duas igrejas cristãs que remontam a centenas de anos atrás foram descobertas na região correspondente ao antigo Reino de Aksum, uma importante potência que governou o nordeste do continente africano durante o primeiro milênio. 

A civilização aksumita passou por uma conversão ao cristianismo após o século 4 d.C., supostamente quando o rei Ezana, seu governante da época, adotou a crença religiosa. As construções, por sua vez, são datadas justamente do período posterior a essa conversão.

A primeira delas, que é uma catedral, teria sido erguida entre os séculos 4 d.C. e 6 d.C., e a segunda, que é uma abóbada (prédio com teto arqueado), entre 5 d.C. e 7 d.C.

"Este estudo fornece um dos primeiros exemplos de igrejas aksumitas escavadas com métodos modernos e dados cronológicos provenientes desses métodos de datação”, apontou Gabriele Castiglia, um dos pesquisadores envolvidos no estudo do achado, segundo repercutido pelo Phys.org. 

Ter uma cronologia precisa para essas igrejas é fundamental para entender como o processo de conversão ao cristianismo moldou a área geográfica e cultural", acrescentou ele. 
Fotografia do local de escavação / Crédito: Divulgação/ Universidade de Cambridge 

Cristianismo na África

Ao analisarem as ruínas das igrejas aksumitas, os especialistas concluíram que o cristianismo se disseminou rapidamente pelo reino africano, provavelmente tendo sido motivado por mais de um fator, não apenas pela conversão do rei Ezana

As técnicas arquitetônicas usadas na construção dos templos revelam ainda um cruzamento de diversas influências culturais. 

Outro detalhe particularmente curioso do achado é que, após a chegada do islamismo à região, as construções cristãs foram transformadas em cemitérios muçulmanos. 

Esta é uma das primeiras vezes que temos evidências materiais de reapropriação de um espaço sagrado cristão pela comunidade islâmica", afirmou Castiglia. 

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