Andreas von Richthofen está sumido há tempos e quase ninguém sabe seu paradeiro, mas o rapaz acumula dívida que põe em jogo sua herança milionária
Redação Publicado em 11/01/2024, às 08h02 - Atualizado às 19h29
Suzane von Richthofen, conhecida pelo chocante assassinato dos próprios pais em 2002, atualmente cumpre pena, mas a tragédia desencadeou uma série de conflitos familiares que persistem até hoje. A história envolve Andreas von Richthofen, irmão de Suzane, que, após uma batalha judicial, obteve o direito de herdar toda a fortuna da família, avaliada na época em quase R$ 10 milhões.
A briga pelos bens dos von Richthofen começou logo após o duplo homicídio que tomou os jornais. Andreas, buscando impedir que a irmã recebesse metade da herança, entrou na Justiça, e após quatro anos, obteve a decisão a seu favor. No entanto, duas décadas após a tragédia, Andreas enfrenta uma série de desafios relacionados às propriedades herdadas.
Em um episódio surpreendente, duas casas de Andreas foram invadidas por falsos sem-teto, revelando a negligência com que algumas propriedades foram tratadas. Uma dessas casas, localizada na Rua Barão de Suruí, avaliada em R$ 1 milhão, acabou sendo ocupada clandestinamente. Outro imóvel, na Rua República do Iraque, está em débito de R$ 20.170,17, até julho de 2023.
A situação de Andreas é ainda mais complicada devido a dívidas de IPTU e condomínio, somando aproximadamente R$ 500 mil. A casa na Barão de Suruí acumula R$ 48.524,07 em tributos atrasados, e o imóvel no Brooklin Paulista, além de ter sido invadido, tem um débito de R$ 20.170,17.
O cenário também ameaça alguns dos bens de Andreas, especialmente em Campo Belo, onde invasores já conseguiram título de propriedade por usucapião (quando alguém consegue direito de moradia por cuidar de um local cujo dono não está presente há determinado tempo).
Andreas, que inicialmente demonstrou interesse em preservar a memória dos pais, hoje parece distante dos bens herdados. A advogada Maria Aparecida Evangelista, que o representava nos conflitos com Suzane, não está mais envolvida nos processos recentes. O paradeiro de Andreas permanece desconhecido, e oficiais de Justiça têm dificuldade em localizá-lo para notificá-lo sobre as dívidas.
Andreas demonstra indiferença pelos seus bens materiais, evidenciado pelo processo de inadimplência movido pelo condomínio do edifício Greenwich Village Campo Belo desde 2021. Nesta ação, ele já arcou com uma perda de R$ 150 mil, incluindo taxas e honorários de sucumbência, destinados aos advogados da parte vencedora em uma ação.
Em 2017, Andreas adquiriu à vista uma unidade de 32 metros quadrados no prédio por R$ 430 mil. O condomínio oferece diversas comodidades, como piscina, sauna, salão de festas, uma vaga na garagem, espaço gourmet e portaria 24 horas. Em 2023, o valor do apartamento já havia aumentado para R$ 630 mil, uma valorização de 46%.
Desde 2020, quando se mudou para o sítio, Andreas deixou de pagar o condomínio (R$ 718 + taxa de reserva de R$ 22) e o IPTU do referido apartamento. Diante de uma dívida de R$ 17.184,53 em taxas condominiais, a administração do Greenwich Village recorreu à Justiça em 4 de agosto de 2021, segundo o portal O Globo.
Como Andreas não se manifestou nos autos, a Justiça executou a ação contra ele à revelia. Atendendo ao pedido da advogada Bruna da Silva Kusumoto, representante do condomínio, a conta bancária de Andreas foi bloqueada para o pagamento das despesas. Dado que a taxa do condomínio é recorrente, os valores são retirados trimestralmente de sua conta, incluindo os honorários dos advogados.
A guarda de Andreas ficou por conta de um casal de tios, mas até eles não sabem o paradeiro do rapaz, atualmente.
