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Notícias / Bactéria comedora de carne

Japão já registrou mais de mil casos de infecções por bactéria comedora de carne este ano

Número recorde de diagnósticos de sindrome do choque tóxico vem gerando alerta entre as autoridades de saúde japonesas

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 25/06/2024, às 16h36

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Streptococcus pyogenes - Wikimedia Commons/NIAID
Streptococcus pyogenes - Wikimedia Commons/NIAID

As autoridades de saúde do Japão estão em alerta devido a um número recorde de diagnósticos de síndrome do choque tóxico (STSS) no país.

Mais de mil casos dessa doença rara — provocada pela bactéria Streptococcus pyogenes, também conhecida como “estreptococo do grupo A” — foram confirmados desde o início do ano.

Essa bactéria, conforme informações da revista Galileu, é responsável por doenças comuns, como a faringite estreptocócica, mas, no caso da STSS, a infecção ocorre no sangue e tecidos moles, podendo causar bolhas, úlceras, manchas escurecidas e necrose da pele.

O risco de infecção aumenta com a exposição de feridas abertas, tornando pessoas diabéticas, imunossuprimidas e idosos mais suscetíveis à doença.

Os principais sintomas incluem dores e inchaços nos braços e pernas, febre e queda da pressão arterial. Nos casos mais graves, há risco de necrose tecidual, piora respiratória e falência múltipla dos órgãos. A condição dos pacientes com STSS tende a piorar rapidamente, com uma taxa de mortalidade estimada em 30%, segundo o CDC dos EUA.

Tratamento

Não existe, até o momento, uma vacina aprovada contra o causador da STSS. O tratamento é feito com antibióticos e, em casos graves, cirurgia de emergência para remover partes necrosadas.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão registrou 77 mortes pela STSS em março, principalmente em pessoas com mais de 50 anos. A razão para o aumento das infecções não é clara, mas pode estar relacionada ao relaxamento das medidas contra o coronavírus após a pandemia de Covid-19.

Andrew Steer, do Instituto Murdoch de Pesquisa Infantil da Austrália, explicou ao Washington Post que a menor exposição a vírus e outros patógenos durante a pandemia pode ter enfraquecido a resposta imunológica das pessoas. Ele ressaltou que a STSS e a infecção invasiva por estreptococo A são conhecidas há séculos, mas o aumento recente de casos exige atenção médica.