Mostra apresenta 100 obras de grandes artistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Alex Flemming, refletindo a urbanização e a migração no estado
Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 02/07/2024, às 16h38
Foi inaugurada recentemente, pelo Governo de São Paulo, a exposição "São Paulo: Povo, Terra e Trabalho", que se encontra em exibição no Palácio dos Bandeirantes. Com entrada gratuita, a visitação deve ser previamente agendada, permitindo uma experiência tranquila e organizada para o público.
A mostra reúne 100 obras de arte, destacando-se algumas peças icônicas do Modernismo Brasileiro, como "Operários" (1933) de Tarsila do Amaral e "A Ventania" (1916) de Anita Malfatti.
Também inclui pinturas contemporâneas, como "Casal Brasileiro" (2000) de Alex Flemming.
Sob a curadoria de Rachel Vallego, a exposição parte da obra de Tarsila do Amaral, que aborda a indústria e os trabalhadores, elementos centrais na história de São Paulo.
Busquei identificar obras que se relacionassem com essas questões, colocando a seguinte pergunta: como o acervo revela e reflete os processos de urbanização e migração?", explicou Rachel.
Dividida em três pilares – o povo, a terra e o trabalho – a exposição conduz o público através da formação das raízes de São Paulo. Um dos destaques é "Casal Brasileiro" de Alex Flemming, que utiliza cores e contrastes para criar uma ilusão de ótica, simbolizando a diversidade do povo brasileiro. A obra retrata um homem e uma mulher lado a lado em um díptico, revelados por seus traços étnicos e fisionômicos, sob ângulos de incidência de luz.
Outro momento da exposição destaca a obra "São Paulo - Brasil: criação, expansão e desenvolvimento" de Antônio Henrique Amaral, que retrata a história do estado e do Brasil desde a chegada dos portugueses até a formação dos centros urbanos modernos. Esta obra está ladeada por dois painéis de Clóvis Graciano, que representam a semeadura e a colheita do algodão, reforçando a importância da força do campo na história paulista.
A exposição também inclui peças de artistas contemporâneos como Helô Sanvoy e Ailsan Pankararu. Sanvoy apresenta a peça "EIRO/A", referenciando o trabalhador que retirava pau-brasil das matas. Pankararu traz grafismos e pinturas corporais tradicionais do povo Pankararu, que migrou para São Paulo em busca de trabalho nas décadas de 1940 e 1950.
A mostra também comemora os 59 anos da fundação do Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo desde 1965.
A exposição está aberta de segunda à sexta, das 10h às 16h, e aos sábados apenas às 10h e às 14h. As visitas devem ser previamente agendadas pelo e-mail: monitoria@sp.gov.br.
*Sob supervisão;
