Mais de 100 pessoas ligadas ao financista americano, Jeffrey Epstein, tiveram seus nomes divulgados; entre elas estão associados, amigos e vítimas
Redação Publicado em 05/01/2024, às 14h45 - Atualizado às 14h48
Nomes de pessoas associadas ao traficante sexual Jeffrey Epstein foi publicada, após o fim do prazo para qualquer objeção judicial à sua divulgação. Até então, aqueles envolvidos com o financista americano eram descritos apenas como 'Jane' ou 'John Does' nos documentos do processo.
No último mês, a juíza norte-americana Loretta Preska determinou que toda a papelada das mais de 100 pessoas associadas, amigos ou vítimas de Epstein seria disponibilizada à população, segundo repercutiu o jornal irlandês Breaking News.
No entanto, uma lista falsa passou a circular nas redes sociais após a revelação dos documentos. Postagens falsas apresentam nomes que teriam frequentado a 'ilha de pedófilos' de Epstein. Na falsa publicação, Barack Obama,Oprah e até mesmo a cantora Beyoncé são associados a orgia com menores de idade.
¿Dónde están los niños desaparecidos de la escuela de Oprah en Haití?. Hizo múltiples viajes a la isla de Epstein (APARECE EN LA LISTA), y era buena amiga de Harvey Weinstein. pic.twitter.com/wD3Ue7GeQB
— EleQtra (@Elektra7982) January 5, 2024
Os documentos revelados na última quarta-feira não mencionam a maioria das pessoas explanadas na lista que viralizou entre internautas. Ao mesmo tempo, vale destacar que nem todos os nomes citados no processo foram associados ao tráfico sexual liderado por Epstein.
Os documentos divulgados incluem detalhes do caso de Johanna Sjoberg, que alegou que o príncipe Andrew, filho de Elizabeth II, teria tocado em seu seio quando os dois estavam no apartamento do bilionário norte-americano em Manhattan, em 2001. Quando este caso veio a tona, o Palácio de Buckingham afirmou que todas as acusações são “categoricamente falsas”.
Todos os nomes foram divulgados graças a um caso de difamação aberto em 2015 nos Estados Unidos por Virginia Giuffre contra Ghislaine Maxwell, uma socialite britânica que fornecia garotas menores de idade a Epstein. Antes da lista ser publicada, Giuffre escreveu em seu perfil do X: “Haverá muitas pessoas nervosas no Natal e no Ano Novo, 170 para ser exato, quem está na lista dos travessos?”.
É importante ressaltar que todos os mencionados no documento tiveram 14 dias para recorrer da decisão do juiz, que já foi aprovada. Além disso, a ação civil de Giuffre contra Maxwell foi resolvida, mas desde então, a mídia argumenta que os documentos que se encontravam em sigilo deveriam ser feitos públicos. Assim, a juíza Preska determinou que o nome de alguns indivíduos fossem divulgados, pois muitos haviam concedido entrevistas públicas sobre o caso.
Quando sua amizade com Epstein foi divulgada, Andrew deixou a vida pública britânica e gastou milhões no processo de agressão sexual movido por Giuffre, que ele afirma nunca ter conhecido. Além disso, ele foi expulso da monarquia britânica e destituído de todas as suas funções militares honorárias.
Em agosto de 2019, Epstein foi encontrado morto na cela de uma prisão federal em Manhattan, onde esperava por seu julgamento por acusações de tráfico sexual. Sua morte foi considerada um suicídio.
Já Maxwell está presa desde julho de 2020, apesar dos esforços de seu advogado para garantir sua liberdade mediante o pagamento de uma fiança. Em junho do ano passado, ela foi sentenciada a 20 anos de prisão no tribunal federal do Distrito Sul de Nova York.
Logo após a condenação, a socialite expressou o desejo de apelar, argumentando que as vítimas possuíam “memórias distorcidas, apagadas e motivadas”. Seu recurso está marcado para ser julgado em novembro do próximo ano.
