Após estrear um filme que se passa em um acampamento de conversão gay, Kevin Bacon usa o lançamento do filme de terror para destacar a prática não comprovada
Redação Publicado em 10/08/2022, às 15h18
O novo filme lançado pela Peacock,'They/Them', mostra adolescentes que são mandados para um campo de conversão LGBTQ+ e dão de cara com serial killer.
Grande parte da população LGBTQ+ nos EUA moram em um estado no qual não proibiu a prática da terapia emocional ou física usada para "curar" a atração de uma pessoa pelo mesmo sexo. Os responsáveis por conduzirem essa prática da terapia, afirmam que elas podem tornar alguém homossexual em heterossexual, mesmo não tendo evidências para apoiar o sucesso.
Após o filme, o ator Kevin Bacon, de 64 anos, está ajudando a divulgar uma campanha sobre os perigos reais de quem entra para essa prática de " terapia de conversão ".
A campanha é feita através de uma instituição de caridade, 'SixDegrees.org', que busca arrecadar fundos para apoiar o 'Born Perfect', um programa do Centro Nacional de Direitos Lésbicos, que trabalha dentro do sistema legal para garantir a segurança das pessoas LGBTQ+, e acabar com a prática de "conversão".
O ator busca arrecadar por volta de US$ 50.000 - cerca de R$256 mil - ele ressalta que a mensagem maior é "espalhar a conscientização sobre essas práticas e lançar luz sobre o 'Born Perfect', que está procurando desmantelar qualquer legitimidade que eles tenham". Até o momento, a campanha arrecadou US$ 20.000 - mais de R$100 mil - por meio de uma experiência de sorteio de estreia com a estrela de cinema.
Em entrevista para à 'PEOPLE', Bacon, lembra quando ouviu falar pela primeira vez sobre terapia de conversão, antes de assinar o contrato para fazer o filme:
Lembro-me de pensar que isso não é apenas estúpido, é doloroso. Colocar alguém - especialmente um jovem - em um processo tão vergonhoso e doloroso quando não há chance de funcionar é terrível. Por quê? Onde está a ameaça? Por que a orientação sexual de outra pessoa é problema seu?".
Kevin Bacon diz que o "timing é muito bom" para lançar um filme de terror com o tema LGBTQ+. E diz que se inspirar muito no resto do elenco: "Enquanto eu estava realmente no espaço da cabeça do personagem, também havia uma parte de mim que estava se sentindo muito comovida pelo fato de que aqui estava esse grupo do nosso futuro, de jovens pessoas que se identificam de todas as maneiras diferentes, que se uniram e serão representadas neste filme de uma maneira que, esperançosamente, não foram no passado."
Bacon acrescenta: "As pessoas precisam ser deixadas em paz para serem quem elas são. Amar quem elas querem amar e casar com quem elas querem casar".
O produtor executivo do filme, Scott Turner Schofield – o primeiro homem trans a ser indicado ao Emmy – diz que trabalhar com Bacon o lembrou do poder da aliança.
Trabalhando com Kevin em They/Them , ficou claro que ele estava comprometido em realmente entender e ser solidário. Isso é o que nós, como pessoas LGBTQ+, realmente queremos: nós só queremos que você acredite que o que dizemos é verdade e deixe isso informar como você mostra respeito por nós no mundo", diz Schofield. "Para muitas pessoas, é tão simples quanto aceitar que os jovens LGBTQ+ sabem quem são, e nos defender de qualquer maneira que pudermos quando somos tratados injustamente apenas por causa dessa parte de quem somos. Kevin Bacon pode fazer isso. isso em uma escala maior do que a maioria de nós pode."
O produtor busca usar a celebridade de Bacon para o ajudar as pessoas. "É realmente significativo que ele escolha ajudar a aumentar a conscientização sobre o abuso que os jovens LGBTQ+ enfrentam na chamada 'terapia de conversão', porque a razão pela qual ainda está acontecendo em uma escala tão grande é porque há muito silêncio sobre isso", disse.
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