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Kremlin nega autoria de ‘Síndrome de Havana’ que afetou diplomatas: ‘acusações infundadas’

‘Armas não letais' da inteligência russa foram apontadas como a causa por trás do mal-estar de funcionários da embaixada dos EUA

Redação Publicado em 01/04/2024, às 15h14

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O presidente russo Vladimir Putin - Getty Images
O presidente russo Vladimir Putin - Getty Images

Nesta segunda-feira, 1°, o Kremlin negou as acusações feitas pelo jornal Insider, que afirmava que a agência de inteligência militar russa estaria por trás da misteriosa “Síndrome de Havana”, um mal-estar que tem afetado diplomatas e espiões dos Estados Unidos em todo o mundo. Segundo o governo russo, todas as alegações são “infundadas” e “sem evidências”. 

Na madrugada de segunda-feira, o Insider, site de jornalismo investigativo voltado para os acontecimentos da Rússia, mas com sede em Riga, capital da Letônia, divulgou que membros de uma organização da Diretoria Principal de Inteligência da Rússia (GRU), conhecida como Unidade 29155, estariam em locais onde funcionários do governo americano passaram mal. 

Conforme repercutido pelo site da revista Veja, a investigação de um ano, realizada em colaboração com o programa jornalístico 60 Minutes, da emissora americana CBS News, e do jornal alemão Der Spiegel, também apontou que altos funcionários da Unidade 29155 foram recompensados pelo desenvolvimento de “armas ultrassônicas não letais”.

O jornal investigativo também afirmou que a doença foi usada como arma pela primeira vez em 2014, em Frankfurt, na Alemanha, “quando um funcionário do governo dos Estados Unidos no consulado local foi nocauteado por algo semelhante a um forte feixe de energia”.

Resposta

Ainda nesta segunda-feira, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que a imprensa “exagerou” ao informar sobre a suposta “Síndrome de Havana”, e que as acusações contra o governo russo eram “infundadas”.

Este não é um tema novo; durante muitos anos a chamada ‘Síndrome de Havana’ foi exagerada na imprensa, e desde o início esteve ligada a acusações contra o governo russo”, acrescentou Peskov a repórteres quando questionado sobre a matéria do Insider.

“Mas ninguém jamais publicou ou expressou qualquer evidência convincente dessas acusações infundadas em lugar nenhum. Portanto, tudo isso nada mais é do que acusações infundadas da mídia”, concluiu o porta-voz. 

“Síndrome de Havana”

Em 2016, uma série de funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Havana, na Cuba, disseram ter adoecido, após apresentar sintomas como enxaquecas, náuseas, lapsos de memória e tonturas. Desde então, outros diplomatas e espiões americanos relataram quadros similares. 

Para contornar a situação, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a Lei de Havana em 2021, permitindo o departamento de Estado, a CIA e outras agências governamentais a recompensarem financeiramente funcionários e suas famílias afetadas pela doença misteriosa. Contudo, uma investigação realizada no ano passado apontou que era “muito improvável” que um adversário estrangeiro fosse responsável pela doença.