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Notícias / Arqueologia

Lápides medievais do século 13 são recuperadas de naufrágio submerso na Inglaterra

Arqueólogos conseguiram resgatar lápides de um naufrágio descoberto em 1982, que remonta o reinado de Henrique III; confira!

Lápide encontrada no mar da Inglaterra - Reprodução / Universidade de Bournemouth
Lápide encontrada no mar da Inglaterra - Reprodução / Universidade de Bournemouth

Em uma expedição subaquática na costa de Dorset, Inglaterra, arqueólogos da Universidade de Bournemouth resgataram duas lápides medievais de um navio naufragado. As peças foram encontradas no local do Mortar Wreck, embarcação do século 13 que afundou na Baía de Studland.

Inicialmente descoberto em 1982, o Mortar Wreck era considerado apenas um amontoado de destroços no fundo do mar. No entanto, pesquisas posteriores revelaram sua importância histórica, remontando ao reinado de Henrique III. O navio transportava uma carga de pilões, caldeirões, xícaras, cerâmicas e diversos objetos domésticos.

Um projeto recente liderado pela Universidade de Bournemouth resultou na recuperação de duas lápides feitas de mármore Purbeck, um tipo de calcário fossilífero encontrado na Ilha de Purbeck, península no sudeste de Dorset, segundo o Heritage Daily.

As lápides descobertas por arqueólogos - Reprodução / Universidade de Bournemouth

O mármore Purbeck era amplamente utilizado durante os períodos romano-britânico e medieval, servindo para molduras e revestimentos arquitetônicos, almofarizes, pilões e outros itens. Sua presença é marcante em catedrais do sul da Inglaterra, como Exeter, Ely, Norwich, Chichester, Salisbury, Lincoln, Llandaff, Southwark e Canterbury, além da Abadia de Westminster.

Detalhes religiosos

De acordo com os pesquisadores, as lápides, adornadas com entalhes de cruzes cristãs, provavelmente serviam como tampas de caixões ou monumentos de criptas para membros da alta cúpula do clero. Uma das peças mede 1,5 metros de comprimento, enquanto a outra, composta por duas partes, possui um comprimento total de 2 metros.

“O naufrágio ocorreu no auge da indústria da pedra de Purbeck e as lápides que temos aqui eram um monumento muito popular para bispos e arcebispos em todas as catedrais e mosteiros da Inglaterra da época”, explicou Tom Cousins, arqueólogo marítimo da Universidade de Bournemouth que liderou a recuperação, em um comunicado oficial.