Amorim, assessor especial da Presidência, terá um encontro com o presidente da Ucrânia depois de já ter se encontrado com Putin
Redação Publicado em 26/04/2023, às 15h09
O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta última quarta-feira, 26, que vai enviar o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim para a Ucrânia em uma missão para se reunir com o presidente do país em guerra com a Rússia, Volodymyr Zelesnky. As informações são do UOL.
No início do mês de abril, o antigo ministro das Relações Exteriores do Brasil, atual assessor especial da Presidência, foi para a Rússia se reunir com o presidente do país, Vladimir Putin. Poucos dias depois, o chanceler russo, Serguei Lavrov, veio em viagem ao Brasil e foi recebido pelo próprio presidente Lula.
Em sua visita à Europa, Lula tem ajustado o tom de suas declarações sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, depois de ter declarado que ambos os países eram responsáveis pela guerra e os EUA e a União Europeia não colaboravam para o fim da disputa violenta.
Em sua viagem a Portugal e à Espanha, o presidente brasileiro reconheceu a "agressão à integridade territorial" da Ucrânia pela Rússia. Ele afirmou que o Brasil é neutro, mas que quer ter um papel de mediador, para levar à paz.
Lula chegou à Europa no último dia 22, cumprindo algumas agendas em Lisboa, onde o Secretário-Geral da Presidência, Márcio Macedo, anunciou a representantes da sociedade ucraniana que o país seria visitado pelo ex-chanceler Amorim.
Nesta quarta-feira, 26, o chefe do Executivo do Brasil e Pedro Sanchéz, o presidente da Espanha, assinaram três acordos: um sobre cooperação no ensino superior universitário, um sobre cooperação entre os Ministérios de Trabalho de ambos os países e uma carta de intenções sobre planos dos países para as ciências e as tecnologias.
Celso Amorim é um diplomata brasileiro de 80 anos filiado ao PT. Ele atuou como chanceler do Brasil durante os governos de Itamar Franco e durante os dois primeiros mandatos de Lula. Ele também serviu como ministro da Defesa no primeiro governo Dilma.
