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Notícias / Política

Lula: Novo governo critica Israel, ao contrário do anterior

Governo Bolsonaro defendia Israel sobre conflito com Palestina; Lula defende paz entre nações

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 04/01/2023, às 12h08

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Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil - Getty Images
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil - Getty Images

Um novo comunicado emitido pelo governo brasileiro, agora sob comando do novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, sinaliza uma mudança na postura do Brasil frente os conflitos entre Israel e Palestina, marcando a inauguração de uma nova política externa. O gesto, por sua vez, rompe com as orientações do ex-governo de Jair Bolsonaro para a região.

Na primeira declaração do Itamaraty — o Ministério das Relações Exteriores — sobre o tema, é confirmada a expectativa que algumas nações árabes tinham: de que o novo governo romperia com as medidas adotadas pelo de Bolsonaro.

Até então, o Brasil evitava criticar Israel diretamente, além de ter até mesmo aberto canais inéditos com a extrema-direita israelense.

O Brasil reitera o seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz, em segurança e dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas", afirma nota do Itamaraty.

Vale lembrar ainda que, durante o governo Bolsonaro, as atitudes tomadas pelo Brasil levaram alguns países árabes a considerar até mesmo um boicote aos produtos brasileiros — o que não ocorreu de fato.

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil
Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil / Crédito: Getty Images

Além disso, em algumas votações realizadas na ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil foi um dos únicos países a apoiar Israel, como informado pelo colunista Jamil Chade em texto ao UOL.

Nota do governo

"À luz do direito internacional e tendo presente o status quo histórico de Jerusalém, o governo brasileiro considera fundamental o respeito aos arranjos estabelecidos pela Custodia Hachemita da Terra Santa, responsável pela administração dos lugares sagrados muçulmanos em Jerusalém, tal como previsto nos acordos de paz entre Israel e a Jordânia, em 1994", inicia a nota divulgada pelo Itamaraty sobre o conflito do Oriente Médio.

Ações que, por sua própria natureza, incitam à alteração do status de lugares sagrados em Jerusalém constituem violação do dever de zelar pelo entendimento mútuo, pela tolerância e pela paz."

Por fim, a nota pontua: "O Brasil reitera o seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz, em segurança e dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Com esse propósito, o governo brasileiro exorta ambas as partes a se absterem de ações que afetem a confiança mútua necessária à retomada urgente do diálogo com vistas a uma solução negociada do conflito."