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Notícias / Arqueologia

Maior sequenciamento de DNA viking revela novidades sobre os guerreiros

A partir dos genomas de centenas de pessoas, o estudo identificou fatos nunca antes descobertos sobre os invasores europeus

Pamela Malva Publicado em 16/09/2020, às 15h30

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Esqueleto feminino encontrado em cemitério Viking na Suécia - Museu Västergötlands
Esqueleto feminino encontrado em cemitério Viking na Suécia - Museu Västergötlands

Analisando o maior sequenciamento de DNA Viking da história, estudiosos da Universidade de Cambridge descobriram dados inusitados sobre os antigos guerreiros europeus. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira, 16, na revista Nature.

Para o estudo, a equipe liderada pelo professor Eske Willerslev estudou os genomas de 442 homens, mulheres e crianças datados de 800 d.C. a 1050 d.C.. "Não sabíamos geneticamente como eles realmente se pareciam até agora”, explicou o especialista. “Este estudo muda a percepção de quem realmente era um viking”.

A primeira das descobertas feitas pelos cientistas diz respeito à própria aparência dos Vikings. Enquanto, na televisão, os guerreiros são representados com cabelos loiros e olhos azuis, o estudo revelou que muitos deles, na verdade, tinham fios castanhos.

Imagem meramente ilustrativa de funeral Viking / Crédito: Getty Images

Os resultados do sequenciamento ainda mostraram que homens enterrados em alguns cemitérios Vikings na Escócia sequer faziam parte do grupo étinico dos guerreiros. Eles provavelmente só foram enterrados ao lado de armas Vikings, mas não eram membros do grupo de invasores, ou o fizeram apenas no final da vida, segundo os cientistas.

Quanto à origem dos Vikings, a análise deixou claro que o DNA de muitos indivíduos não se limitava ao genoma escandinavo. Muitos dos guerreiros, na verdade, apresentaram indícios de raízes asiáticas e do sul da Europa.

Por fim, além de ter descoberto a narrativa de quatro irmãos Vikings que morreram juntos, o estudo ainda revelou que o DNA dos invasores persiste no legado genético do Reino Unido. Nesse sentido, a população moderna conta com cerca de 6% de material viking em sua composição genética, mesmo tantos séculos mais tarde.