Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Dinamarca

Manto tupinambá do século 17 será devolvido ao Brasil por museu dinamarquês

O manto faz parte da exposição etnográfica do Museu Nacional da Dinamarca e só existem 11 peças

Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 27/06/2023, às 20h00 - Atualizado em 30/06/2023, às 10h17

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Manto tupinambá que será devolvido ao Brasil - Divulgação / Roberto Fortuna
Manto tupinambá que será devolvido ao Brasil - Divulgação / Roberto Fortuna

No contexto da crescente restituição de artefatos históricos aos seus países de origem por parte de museus e instituições na Europa e nos Estados Unidos, a Dinamarca anunciou sua decisão de devolver ao Brasil um manto tupinambá do século 17, que desde 1689 está em Copenhague.

O manto, parte da exposição etnográfica do Museu Nacional da Dinamarca, é uma das 11 peças semelhantes que ainda existentes. As outras estão sob a guarda de instituições europeias, sendo cinco delas pertencentes à associação nacional de museus dinamarquesa.  

O envio da peça ao Brasil, que é descrito como uma doação, ocorrerá ainda este ano, após negociações entre o Museu Nacional da Dinamarca e o Museu Nacional da UFRJ, localizado no Rio de Janeiro. A expectativa é que o manto faça parte do novo acervo da instituição, que foi devastada por um incêndio em 2018.

Os tupinambás, um dos primeiros povos indígenas a terem contato com os europeus na América do Sul, consideravam o manto um objeto sagrado. Feito de penas de íbis, a peça é de coloração vermelha, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Negociações educacionais

Além da restituição, as negociações entre os dois museus incluíram um acordo de cooperação, com foco em pesquisas conjuntas e projetos voltados ao público. Isso inclui a digitalização da coleção brasileira que está em exibição no Museu Nacional da Dinamarca.

A instituição dinamarquesa não consegue explicar como o manto chegou ao país. De acordo com Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, em entrevista à revista Piauí, espera-se que o público brasileiro possa admirar a peça a partir de junho do próximo ano, antes mesmo da reinauguração da sede do museu, que está atualmente em reconstrução.