A mão biônica, que utiliza inteligência artificial, representa um grande avanço para a ciência
Há mais de duas dácadas, Karin, uma mulher sueca de 50 anos de idade, perdeu parte do braço direito em um acidente agrícola. Hoje, graças a uma tecnologia inovadora, ela possui uma mão biônica que se conecta aos seus ossos, músculos e nervos.
Antes de integrar a mão biônica ao seu corpo, em dezembro de 2018, Karin sofria com muitas dores e as próteses convencionais eram desconfortáveis e pouco úteis em sua vida cotidiana. O novo aparato, que utiliza inteligência artificial (IA) para entender comandos, se mostrou bastante funcional e bem mais confortável, além de ter aliviado as dores da mulher.
Segundo o professor Max Ortiz Catalán, chefe da Pesquisa em Próteses Neurais no Instituto de Biônica da Austrália, a sueca foi a primeira pessoa com amputação abaixo do cotovelo a receber esse novo conceito de uma "mão biônica altamente integrada, que pode ser usada de forma independente e confiável na vida diária".
Como agora Karin está utilizando recursos neurais semelhantes àqueles usados com sua mão biológica, isso pode explicar sua redução de dor. As informações são da revista Galileu.
Engenheiros e cirurgiões desenvolveram uma interface humano-máquina que permitiu a fixação da prótese ao esqueleto de Karin via osseointegração e a conexão elétrica com o sistema nervoso por meio de eletrodos implantados nos nervos e músculos. O processo de osseointegração ocorre quand o tecido ósseo abraça o titânio, criando uma conexão mecânica sólida.
"A integração biológica de implantes de titânio no tecido ósseo cria oportunidades para avançar ainda mais no cuidado de amputados", destaca Rickard Brånemark, pesquisador associado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA, que liderou o procedimento cirúrgico.
Outra parte da operação para implantar a mão biônica em Karin conduzida pelo médico Paolo Sassu do Centro de Pesquisa em Bionica e Dor (CBPR). Segundo a fonte, o profissional rearranjou nervos e músculos do membro residual da paciente para fornecer mais fontes de informações de controle motor para a prótese.
Desenvolvida pela empresa Prensilia, a mão robótica é chamada Mia Hand e tem componentes motores e sensoriais exclusivos que permitem ao usuário realizar 80% das atividades da vida diária.
