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Notícias / Armas químicas

Marco histórico: Últimas armas químicas dos EUA estão prestes a ser destruídas

Trabalhadores em instalação militar no Kentucky destroem arsenal que chegou a superar 30 mil toneladas durante a Guerra Fria

Redação Publicado em 07/07/2023, às 15h31

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Imagem ilustrativa de uma máscara de gás - Reprodução/Pixabay/lukaszdylka
Imagem ilustrativa de uma máscara de gás - Reprodução/Pixabay/lukaszdylka

Um acontecimento histórico está prestes a acontecer em uma ampla instalação militar localizada em Kentucky, nos Estados Unidos. No depósito de Blue Grass, os trabalhadores estão realizando a destruição das últimas armas químicas do país, resultando no fim do único arsenal desse tipo oficialmente reconhecido no mundo, conforme repercutido pela Folha de S. Paulo. 

Ao eliminar os últimos foguetes restantes, que contém o agente nervoso GB, ou sarin, finaliza-se uma campanha que durou décadas para eliminar esse arsenal, que chegou a superar 30 mil toneladas ao término da Guerra Fria

Utilizadas pela primeira vez durante a Primeira Guerra Mundial, estima-se que pelo menos 100 mil pessoas morreram em decorrência do uso de armas químicas. Embora tenham sido posteriormente proibidas em 1925 pelo Protocolo de Genebra, várias nações continuaram a armazenar essas munições ao longo dos anos. 

O limite estabelecido para os Estados Unidos eliminar seu arsenal, de acordo com a Convenção sobre Armas Químicas, um acordo internacional assinado por 193 países e que passou a valer em 1997, é o dia 30 de setembro deste ano.

A destruição

Os 51 mil foguetes que estavam sendo armazenados desde 1940 estão sendo destruídos em Kentucky, próximo à cidade de Richmond. Blue Grass também acomodou o agente mostarda e os agentes nervosos sarin e VX, armazenados em projéteis. Em 2015, a usina de descarte foi concluída e iniciou seu processo de destruição em 2019, através de uma neutralização, realizada por robôs, que consiste em diluir os agentes mortais, permitindo seu descarte seguro. 

Kingston Reif, defensor do desarmamento e vice-secretário adjunto de Defesa dos Estados Unidos para redução de ameaças e controle de armas , destacou que a destruição completa do arsenal químico dos Estados Unidos "marca o encerramento de um importante capítulo na história militar".