Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Brasil

Mensagem alusiva ao Golpe de 64 não será lida pelo Exército

Ordem do Dia, que fazia alusão ao 31 de março, data de aniversário do Golpe Militar, havia sido restabelecida pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 01/03/2023, às 12h11

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem de manifestantes durante o período militar - Wikimedia Commons
Imagem de manifestantes durante o período militar - Wikimedia Commons

Neste ano, o Exército não fará a leitura da Ordem do Dia alusiva ao 31 de março — data de aniversário do golpe militar de 1964. A informação foi confirmada pelo general Tomás Paiva, comandante do Exército. 

Segundo repercutido pela coluna de Carla Araújo no UOL, a decisão de não divulgar uma mensagem pelo aniversário do golpe se dá, pois, de acordo com fontes da caserna, Tomás Paiva considera que “o normal era não existir”.

O fim da Ordem do Dia

Após o período de 21 anos de Ditadura, entre 1964 e 1985, a mensagem da Ordem do Dia continuou sendo lida por cerca de uma década em quartéis e divulgada à sociedade. Mas durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, ela deixou de ser executada. 

Já no governo Lula, entre 2003 e 2010, as Ordens do Dia foram publicadas em 2004, 2005 e 2006, segundo arquivos do próprio Exército, de acordo com o Centro de Comunicação Social. 

A leitura parou de ser feita também durante o mandato de Dilma Rousseff, que sofreu torturas durante a ditadura militar. Após sofrer impeachment, Michel Temer, que assumiu a presidência, também prosseguiu sem a execução da Ordem do Dia

+ Os relatos de Dilma Rousseff sobre a tortura na ditadura: 'Dor que não deixa rastro'

As mensagens só foram retomadas a partir do primeiro ano do ex-presidente Jair Bolsonaro, que havia determinado "ao Ministério da Defesa que faça as comemorações devidas com relação ao 31 de março de 1964, incluindo a ordem do dia, patrocinada pelo Ministério da Defesa, que já foi aprovada pelo nosso presidente", alegou à época o porta-voz general Otávio do Rêgo Barros.