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Notícias / Joyce Campos

Morre Joyce Campos, neta de Monteiro Lobato

Neta do ilustre Monteiro Lobato, a morte de Joyce Campos foi anunciada nesta sexta-feira, 26; ela tinha 93 anos

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 26/01/2024, às 18h48 - Atualizado em 27/01/2024, às 14h55

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Joyce Campos (à esqu.) e Monteiro Lobato (à esqu.) - Arquivo Pessoal e domínio público
Joyce Campos (à esqu.) e Monteiro Lobato (à esqu.) - Arquivo Pessoal e domínio público

Faleceu aos 94 anos Joyce Campos, a neta do escritor brasileiro Monteiro Lobato. A morte foi informada nesta sexta-feira, 26, por Cleo Monteiro Lobato, filha de Joyce, através de seu perfil no Instagram. 

Neste sábado, 27, Cleo agradeceu as mensagens de carinho e apoio e deu detalhes sobre a despedida de Joyce. 

"Obrigada por todas as manifestações de carinho e palavras de apoio. A celebração de vida de mamãe será segunda-feira às 15:00hs no endereço: Monumental Grupo Bom Pastor Avenida Major José Levy Sobrinho, 2308 - Alto da Boa Vista, Limeira - SP", publicou ela através do Instagram.

Nascida em 24 de fevereiro de 1930, em Nova York, nos EUA, Joyce é filha de Martha Lobato Campos, a primogênita de Monteiro Lobato. "Meus pais se conheceram e se casaram lá [Nos EUA] e não pretendiam voltar ao Brasil. Mas, por conta da Revolução de 32, resolveram voltar. Eu tinha dez meses. Meu pai (Jurandir Ubirajara Campos) ainda queria retornar aos EUA. Começou a segunda guerra, ficamos e, nesse tempo, estudei numa escola americana em São Paulo", disse ela ao jornal da Unicamp.  Ela estudou no Mackenzie e se formou arquiteta. 

Durante entrevista à Livraria da Folha, em 2010, Joyce revelou que conviveu com o avô até os 18 anos, quando ele faleceu. Passou grande parte de sua vida na casa dos avós, em São Paulo. "Líamos o que devia e o que não devia. Brincávamos de casinha dentro dos caixotes de livros do meu avô", disse ela sobre as aventuras na casa do escritor.

Memórias

Também ao jornal da Unicamp, ela disse que teve ideia da dimensão da obra do avô após a sua morte. "Só depois que ele morreu. A gente admira o avô porque é avô, não porque é Monteiro Lobato. Ele era uma pessoa que não se abalava. Tinha uma teoria que dizia: 'remédio pra tudo, é chapéu'. Quando tinha um problema, pegava o chapéu, ia pra rua e, depois que passava tudo, ele voltava", destacou ela.

Suas lembranças sobre o avô, que marcou diferentes gerações com suas histórias, foram reunidas na obra "Juca E Joyce - Memórias Da Neta De Monteiro Lobato". Através da obra, foi possível conhecer o escritor por trás do mito.