De períodos diferentes, algumas estruturas podem ser da Dinastia Qing, a última do império antes do estabelecimento da primeira República
André Nogueira Publicado em 23/04/2020, às 11h45
Escavalções numa Escola Primária localizada na cidade velha de Jinan, China, revelou um antigo lago de primavera da Dinastia Ming, localizado numa espécie de jardim. Além disso, foram descobertas oito ruínas de moradias locais que datam desde o fim da Dinastia Qing até o início da República Chinesa. O lago é quase quadrada, feita a partir de pedras e tijolos.
"Esta lagoa está na posição mais profunda de nossa área de escavação”, afirmou Fang Zhen, líder da escavação, ao jornal chinês Qilu Evening News. “A forma é relativamente regular. Os tijolos azuis foram usados para construir o poço. O muro também é relativamente reto”, completou. De acordo com a declaração, a forma e as peças da estrutura levam a crer se tratar de uma lagoa artificial ou um reservatório da época.
"O poço de cinzas, no oeste, está cheio de carvão; e algumas das paredes do poço parecem ter sido feitas a partir de altas temperaturas e são muito resistentes". A área do poço foi descoberta com um nível consideravelmente alto de água, o que, ao mesmo tempo, comprova a qualidade de estruturas do tipo e demonstra as condições de Jinan, local conhecido na China por suas fontes d’água e locais de nascentes.
Entre as ruínas mais recentes encontradas, destacam-se oito casas, provavelmente da última dinastia imperial, e estruturas adjacentes, como drenos, estradas, valas e relíquias materiais.
Alguns artefatos de caráter industrial dão a impressão de que o local possuía fornos e polos de carvão e armazenamento de água, cozinhas e oficinas. Zhen destacou a presença de uma “grade de ferro instalada na extremidade oeste”, que seria “semelhante ao filtro de esgoto atualmente, que desempenha um papel na filtragem e destaca a sabedoria dos antigos".
