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Notícias / Arqueologia

Na França, túmulos do Império Romano revelam louças de vidro intactas de 2 mil anos

Durante escavações em antigas rotas do Império Romano, sepulturas contendo objetos preservados em perfeito estado foram encontradas; confira!

Isabelly de Lima Publicado em 15/04/2024, às 08h47

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Vasos encontrados em sepulturas - Reprodução / Inrap
Vasos encontrados em sepulturas - Reprodução / Inrap

Especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Arqueológicas Preventivas (Inrap) descobriram uma variedade de construções, como sepulturas e piras funerárias, durante as obras para a construção de um conjunto habitacional popular na localidade de Nimes, na França.

Esses achados, que incluem vasos de vidro intactos, são datados do período do Império Romano, situado entre 2 a.C. e 2 d.C. As escavações revelaram vestígios ao longo da antiga Via Domitia, uma das principais estradas romanas, que foi pioneira em Gaul, servindo como rota para Nimes.

De acordo com informações do Ancient Origins, via Galileu, várias das piras funerárias, utilizadas para a cremação, foram construídas com calcário ou blocos de argila, enquanto outras foram escavadas diretamente do solo.

Itens encontrados no local da descoberta - Reprodução / Inrap

Além disso, foi identificada uma segunda via importante, com 15 metros de largura, que se estendia do nordeste ao sudeste. Esta estrada, feita com pedras que mostram sinais de desgaste devido ao tráfego ao longo dos séculos, é provavelmente contemporânea à Via Domitia, datando do final do Império Romano.

Os 15 túmulos

O INRAP anunciou a identificação de um total de 15 túmulos ao longo da rota, a maioria contendo restos cremados. Entre os artefatos encontrados estão sepulturas de indivíduos de alta posição social, enterrados com utensílios como o estrígil — utilizado para a higiene após o banho —, além de vasos de vidro ornamentados, cerâmicas e outros objetos.

Destacam-se, porém, os belos vasos de vidro, considerados uma das descobertas mais significativas da escavação, pela raridade de encontrá-los ainda intactos e brilhantes após quase dois milênios. Suas cores são atribuídas às impurezas presentes nos materiais romanos, principalmente de ferro, que conferem uma tonalidade esverdeada característica da época.

As escavações revelaram diversos artefatos - Reprodução / Inrap

De forma adicional à descoberta, as nanoestruturas fotônicas encontradas no vidro, cujas camadas foram alteradas ao longo do tempo, produziram novas tonalidades de cor através da refração da luz.