Nova temporada de 'The Crown' retrata uma das piores fases da rainha Elizabeth II
Redação Publicado em 09/11/2022, às 09h10
Os amantes de histórias sobre a família real inglesa já podem comemorar. Misturando ficção e fato, 'The Crown' exibe uma nova temporada para os assinantes da plataforma de streaming Netflix.
Lançada meses após a morte da rainha Elizabeth II, a quinta temporada da série conta com nomes como Imelda Staunton, Jonathan Pryce, Lesley Manville, Jonny Lee Miller, Dominic West, Elizabeth Debicki, Andrew Havill e Marcia Warren.
Dividindo opiniões, a nova temporada retrata uma das mais turbulentas fases da família de Elizabeth II, como o incêndio no castelo de Windsor ou os desdobramentos do desastroso casamento entre Diana e Charles, então sucessor do trono.
Antes mesmo da estreia, a saga de Dianajá é um dos tópicos mais repercutidos entre internautas. Ao retratar o fim da união com o filho de Elizabeth II, a série da Netflix não só reproduz a polêmica entrevista em que Lady Di quebrou o silêncio sobre o casamento e infidelidades, mas também uma história que ainda fascina os amantes da eterna princesa de Gales: o vestido da vingança.
Além de retratar escândalos, a produção da Netflix é alvo de críticas fora das telas. Isso porque muitos tem discutido sobre o limite entre o real e fictício apresentado na série, sem considerar a licença poética.
Através de uma carta enviada ao Daily Telegraph, Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, expressou seu descontentamento com a série. Blair afirmou que 'The Crown' apresenta ao público momentos da década de 1990 como reais, todavia, não passam de ficção.
"Será profundamente doloroso para uma família que ainda está de luto pela mesma pessoa em cuja vida todo o drama foi fundado. A Netflix pode muito bem considerar que qualquer publicidade é boa publicidade. Mas garanto-lhes que não – ainda mais quando desrespeita a memória de quem já não vive, ou põe palavras na boca de quem ainda vive e não tem condições de se defender", disse Tony Blair. "A ficção não deve ser desfilada como fato. Acho que a Netflix continua se recusando a divulgar um aviso no topo dos créditos de abertura, com base em que ‘todo mundo sabe que esta é uma série dramática'".
Em seguida, ele complementou o texto ao fazer questionamentos para a Netflix, que detém os direitos de reprodução da série.
“Mas isso simplesmente não é bom o suficiente. Se todos sabem, por que não reconhecer isso? Sem tal ação, muitos milhões – em todo o mundo – ainda poderiam ser influenciados por um roteiro prejudicial e ficcional, que reivindica ‘autoridade’ ao ser intercalado com fatos históricos. O entretenimento é uma grande e gloriosa indústria que traz enorme prazer para muitos milhões. A Netflix não deve rebaixar isso com retratos que são prejudiciais e falsos”.
