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Notícias / Ciência

Novo estudo desmente mito sobre Monstro do Lago Ness

Em 2018, pesquisa neozelandesa levantou possibilidade sobre o animal lendário, mas estudo recente desmente versão; entenda!

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 26/07/2023, às 11h18 - Atualizado em 27/07/2023, às 16h10

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Emblemática fotografia precursora da lenda do 'Monstro do Lago Ness' - Domínio Público via Wikimedia Commons
Emblemática fotografia precursora da lenda do 'Monstro do Lago Ness' - Domínio Público via Wikimedia Commons

No ano 2018, o geneticista Neil Gemmell, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, se empenhou em uma pesquisa para tentar desvendar, afinal, qual seria o animal responsável pelo surgimento e sobrevivência da lenda do 'Monstro do Lago Ness'.

Para isso, colegou 250 amostras de água do tal Loch Ness, nas Terras Altas da Escócia, e realizou uma análise de DNA para montar um banco de dados das espécies que ali viviam.

Com os dados, Gemmell pôde descartar com certeza a possibilidade de que o lendário monstro fosse um tubarão, peixe ou até mesmo um dinossauro sobrevivente. No entanto, encontraram grandes quantidades de DNA de enguias europeias: "Aquilo que as pessoas veem e acreditam ser o Monstro do Lago Ness pode ser uma enguia gigante", declarou o pesquisador em comunicado na época.

Fotografia de 1934 tirada por Robert Wilson, que dizia registrar o Monstro do Lago Ness
Fotografia de 1934 tirada por Robert Wilson, que dizia registrar o Monstro do Lago Ness / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

Novos dados

Porém, um estudo recente publicado em 21 de julho na JMIRx Bio, desenvolvido por Floe Foxon, da Folk Zoology Society, nos Estados Unidos, aproveitou dos dados de Gemmell e tentou verificar a hipótese vigente, de que a criatura seria uma enguia.

Consultando estimativas anteriores do tamanho que ela teria, ele trabalhou para prever a chance de se encontrar um animal das espécies ali descritas com o tamanho descrito nas lendas.

Foxon descobriu, por sua vez, que uma enguia gigante não poderia explicar os grandes avistamentos registrados no Loch Ness, afinal as chances de avistar um animal do tipo de apenas 1 metro já seriam remotas — 1 em 50 mil. Porém, ao menos explicaria alguns avistamentos de criaturas menores desconhecidas nas águas de Ness.

A chance de se encontrar criaturas tão grandes quanto 6 metros, portanto, é de praticamente zero. "Portanto, as enguias provavelmente não são responsáveis ​​pelos avistamentos de animais maiores", conclui o pesquisador.

Porém, ele ainda defende a importância de se tentar desvendar qual o animal por trás da lenda do lago escocês, mesmo que não se trate de uma grande enguia. "Ao contrário da concepção popular, a interseção entre folclore e zoologia é passível de análise científica e tem o potencial de fornecer informações valiosas sobre fenômenos antropológicos", explica.

Este trabalho também defende a ciência de acesso aberto e a publicação não tradicional — o futuro da publicação científica."