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Notícias / Ataque

O que disse a mulher que teve o rosto cortado em um ônibus?

Stefani Firmo foi esfaqueada dentro de um ônibus enquanto ia para a Bahia

Redação Publicado em 07/12/2022, às 13h07

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Stefani Firmo com o rosto cortado - Divulgação / Redes Sociais
Stefani Firmo com o rosto cortado - Divulgação / Redes Sociais

Durante uma viagem de ônibus entre Recife (PE) e Salvador (BA), Stefani Firmo, 23, viveu momentos de horror ao ter o rosto cortado enquanto dormia dentro do veículo.

A principal suspeita da polícia, por sua vez, é uma mulher que estava sentada atrás da estudante de enfermagem. No dia do episódio, os agentes chegaram a encontrar uma faca com a passageira.

Stefani estava viajando junto de Sara Tavares, também estudante de enfermagem, para realizar um exame para uma residência em sua área, na Universidade de Pernambuco. A prova aconteceu no último dia 27 e a dupla iria voltar para a Bahia já no dia seguinte.

Segundo comentado pela jovem ao UOL, ela acordou por volta das 4h30 de terça-feira e foi até a poltrona da amiga pegar um remédio. Quando estava voltando, relatou: "Eu vi que a passageira sentada atrás de mim estava acordada, olhando para mim, mas não liguei".

Ataque sutil

A estudante afirma que minutos após se sentar, sentiu mexerem em seu cabelo: “Na hora, eu pensei: 'Vai que essa mulher é doida e ela corta meu cabelo enquanto eu estou dormindo'. Então puxei o cabelo para a minha direita, me estiquei nas poltronas, com a cabeça na janela e as pernas para o corredor, e puxei o edredom até o pescoço. Quando dia já estava amanhecendo, adormeci”, disse.

Stefani foi acordada com uma pancada no rosto por volta das 5h. Ela sentiu uma forte dor e uma ardência, como se o rosto tivesse sido queimado. De início, achou que uma bagagem tivesse caído sobre ela.

Quando coloquei a mão no rosto, percebi que estava escorrendo muito sangue. Corri para pedir ajuda à minha amiga, ela se assustou quando viu que eu estava com um corte enorme no rosto. Comecei e me desesperar. Ela pegou uma camiseta minha e colocou no corte para estancar o sangue”.

Desespero

A amiga da jovem atacada, Sara, contou que teve que reunir forças para conseguir ajudar Stefani, chegando a perguntar para a mulher sentada no banco de trás se ela havia visto algo. A passageira teria desconversado, dizendo que não viu nada.

"Achamos a atitude dela muito estranha, ela foi fria o tempo todo, não se ofereceu para ajudar em nada. A Stefani estava se esvaindo em sangue e ela, nada. Começamos a gritar para acordar os outros passageiros. Como nós estávamos no andar de cima, corri para o interfone para falar com o motorista, mas não estava funcionando. Stefani chorava, dizia que tinha medo que eu deixasse ela sozinha, então pedi para um passageiro ficar com ela e corri para o andar de baixo, mas o interfone também não funcionava. A sensação era a de estar dentro de um filme de terror", relatou Sara.

Resolução aberta

Por sorte, o corte não atingiu camadas profundas da musculatura facial da estudante, que levou 18 pontos. Por falta de evidências, o delegado de plantão lavrou um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) para apurar o ataque, liberando a suspeita.

Em nota, o órgão informou: "A faca encontrada com a suspeita também será periciada para confirmar se foi utilizada na ação. Caso seja comprovada a autoria, a mulher poderá ser indiciada por lesão corporal".

Espero que meu caso sirva de alerta para que isso não ocorra com outras pessoas. Nos aeroportos, segurança máxima, nas rodoviárias, segurança zero? Por que isso? Por que os passageiros e as bagagens não passam por detectores de metais? Acho que as pessoas têm o direito e o dever de exigir segurança em viagens rodoviárias também”, desabafou Stefani.